Comunidade escolar é contra a transferência de 200 alunos em Cachoeira do Sul
Pelo menos oito turmas da EEEM Dr. Liberato Salzano Vieira da Cunha serão afetadas com a mudança
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Uma audiência pública realizada na Câmara de Vereadores de Cachoeira do Sul, na última semana (em 14/9), debateu a transferência de alunos e professores da rede estadual. A determinação da Secretaria Estadual da Educação é para que as atividades letivas da Escola Estadual de Ensino Médio Dr. Liberato Salzano Vieira da Cunha passem para a Escola Estadual de Ensino Fundamental Juvêncio Soares. Mas a medida, que afeta cerca de 200 estudantes, é rejeitada pela comunidade escolar.
Pais e educadores explicam que a decisão foi informada no último dia 18/8, pela a 24ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE). As mudanças estão previstas para 2024 e envolvem a transferência de docentes e de, pelo menos, oito turmas de alunos, do 2º ao 5º ano do Ensino Fundamental. Desde então, tem sido realizadas mobilizações diversas para tentar reverter a medida, como reuniões, audiências públicas, abraço em torno da escola, entre outros atos.
A diretora da escola Liberato, Marilda Félix, relata que a comunidade é contra a transferência das crianças, principalmente porque a escola pública oferece atividades em 2 turnos. “São 13 anos de turno integral, em que as famílias – a maioria dos bairros Tupinambá, Bom Retiro e Barcelos – estão satisfeitas com a metodologia de ensino; e destacam a qualidade da estrutura e do ensino da Escola Liberato, que atende os ensinos Fundamental, Médio e EJA”, explica a dirigente.
O Cpers, sindicato dos professores estaduais, afirma que “seguirá na luta contra o esvaziamento da Escola Liberato e contra a possível municipalização da Escola Juvêncio Soares”.
Em nota, a Secretaria Estadual da Educação informou que existe “um estudo, em diálogo permanente com a comunidade escolar e com o município, para a organização das matrículas e a ampliação das turmas, conforme a demanda da região”.