FFP debate finanças pessoais e cenários macroeconômicos e políticos

FFP debate finanças pessoais e cenários macroeconômicos e políticos

Evento ocorreu nos dias 25 e 26 de outubro, na PUCRS

Correio do Povo

Evento ocorreu nos dias 25 e 26 de outubro, na PUCRS

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Finanças pessoais e cenários macroeconômicos foram os principais temas debatidos no Connect, série de dois eventos gratuitos realizados pela Fundação Família Previdência (FFP) nos dias 25 e 26 de outubro no Salão de Atos da PUCRS, em Porto Alegre.

“Estabelecer uma relação mais saudável com o dinheiro é fundamental para nos preparamos para uma vida longa e com recursos. Informação e educação financeira é essencial para atingirmos essa condição”, afirmou p presidente da FFP, Rodrigo Sisnandes Pereira.

No primeiro dia, o palco do "Caminhos para o Futuro" foi das mulheres. Dedicada a ajudar pessoas a lidarem melhor com a sua vida financeira, Ana Leoni, comentou que as decisões financeiras costumam levar em consideração o momento presente. “Não nos reconhecemos no futuro, por isso, é tão difícil o jovem assimilar que vai envelhecer”, ponderou. Esse comportamento reflete a realidade do Brasil em que menos de 3% dos aposentados vivem dos próprios recursos. 

O espaço também contou com a participação da publicitária Beia Carvalho, que falou com sobre futuro e a importância das novas gerações na busca pela inovação, e da Flávia Ávila, abordando a economia comportamental como uma perspectiva na construção de soluções. 

O Seminário Econômico & Investimentos, realizado dia 26 de outubro, apresentou cenários políticos e macroeconômicos para o próximo ano. Para Felipe Sichel, sócio e economista-chefe da Modal, as duas questões estão intimamente relacionadas. Com a polarização da disputa política e imprevisibilidade do resultado das urnas, o pano de fundo macroeconômico, externo e interno, deve direcionar as ações do próximo governo, independentemente de quem for eleito.

Sócio e estrategista do BTG Pactual, Tiago Berriel abordou os possíveis cenários macroeconômicos para 2023 no Brasil. Em relação às possíveis políticas de um novo governo, ele acredita que ambas visões possam ter sucesso se bem executadas. 

Bruno Marques e Marcos Peixoto, sócios da XP Inc., encerraram o ciclo de palestras da manhã falando sobre mercado e investimentos. Marques falou sobre cenário internacional e fez um panorama do que vem levando à alta de juros nos Estados Unidos, como a inflação nos serviços, gerada pelo mercado de trabalho muito aquecido. "Quando juros sobem num país desenvolvido, como EUA, você tem que reprecificar tudo no mundo inteiro”, afirmou. 

Peixoto falou sobre renda variável e apontou que a Ibovespa retomou níveis de valuation de 2015, ano de recessão, embora as empresas estejam em melhor saúde financeira. O executivo percebe que o mercado de renda variável evoluiu no Brasil nos últimos anos, atraindo o investidor comum e, após passar por um alto fluxo de resgates, deve voltar a se normalizar em 2023, com melhora da economia e consolidação do cenário político.

O evento também contou com a participação do diretor do Instituto Brasilis, Alberto Carlos Almeida, do economista-chefe da Necton Investimentos, André Perfeito, e do gestor responsável por Global Equities da Kinea, Ruy Alves.


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