Petrobras reajusta preço da gasolina em 5,2% e do diesel em 14,3% nas distribuidoras
Aumento dos combustíveis para as distribuidoras passa a valer a partir deste sábado
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A Petrobras anunciou nesta sexta-feira que vai reajustar os preços da gasolina e do diesel para as distribuidoras a partir deste sábado. Com a atualização, o preço médio de venda de gasolina passará de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro, alta de 5,2%. Já o valor do diesel será reajustado em 14,3%, de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro.
No comunicado em que anuncia a atualização, a Petrobras afirma que "tem buscado o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse imediato para os preços internos da volatilidade das cotações internacionais e da taxa de câmbio".
Com a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço aos motoristas passará de R$ 2,81, em média, para R$ 2,96 a cada litro vendido nos postos.
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Já no caso do diesel, que conta com uma mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel em sua composição, a parcela da empresa no preço ao consumidor passará de R$ 4,42, em média, para R$ 5,05 a cada litro vendido na bomba.
No comunicado em que anuncia a atualização, a Petrobras afirma que "tem buscado o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse imediato para os preços internos da volatilidade das cotações internacionais e da taxa de câmbio".
Já sinalizado nos últimos dias, o reajuste dos combustíveis causou tensão entre o presidente Jair Bolsonaro e a companhia. Em publicação nas redes sociais, o chefe do Executivo afirma que a determinação “pode mergulhar o Brasil num caos”.
A Petrobras diz compreender o momento em que o Brasil e o mundo estão enfrentando e os reflexos que os preços dos combustíveis têm na vida dos cidadãos, mas reitera seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado.
"Com a aceleração da recuperação econômica mundial a partir do segundo semestre de 2021 e, notadamente, com o início do conflito no Leste Europeu em fevereiro de 2022, tem-se observado menor oferta e maior demanda por energia, com aumento dos preços e maior volatilidade nas cotações internacionais de commodities energéticas, em especial, do óleo diesel", destaca a Petrobras ao defender o reajuste.
De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o preço da gasolina encontrava-se defasado em 13% (R$ 0,57) e o do diesel em 21% (R$ 1,37) em relação ao mercado internacional na manhã desta sexta-feira.