ANS autoriza reajuste de 15,5% para os planos de saúde individuais e familiares
O percentual é o teto para o período entre maio de 2022 e abril de 2023 para os contratos de cerca de 8 milhões de beneficiários
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A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) autorizou reajuste de 15,5% para os planos de saúde individuais e familiares. O aumento vale para contratados a partir de janeiro de 1999). A decisão será publicada no Diário Oficial da União e o reajuste poderá ser aplicado pela operadora a partir da data de aniversário do contrato, ou seja, no mês da contratação do plano.
O percentual é o teto válido para o período entre maio de 2022 e abril de 2023 para os contratos de cerca de 8 milhões de beneficiários, o que representa 16,3% dos consumidores de planos de assistência médica no Brasil.
Ao todo são 49,1 milhões de beneficiários com planos de assistência médica no país, de acordo com dados referentes a março de 2022.
O índice de 2022 passou pelo Ministério da Economia e aprovado em reunião de Diretoria Colegiada nesta quinta-feira (26).
Para chegar ao percentual de 2022, segundo a ANS, foi utilizada a metodologia de cálculo que vem sendo aplicada desde 2019, que combina a variação das despesas assistenciais com o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) descontado o subitem plano de saúde.
"O cálculo é baseado na diferença das despesas assistenciais por beneficiário dos planos de saúde individuais de um ano para o outro. Dessa forma, o índice de 2022 resulta da variação das despesas assistenciais ocorridas em 2021 em comparação com as despesas assistenciais de 2020", afirma a agência em nota.
Em 2021, a Agência anunciou, pela primeira vez um percentual de reajuste negativo, de 8,19%, o que resultou na redução das mensalidades no período de maio de 2021 a abril de 2022, após a queda de 17% no total de procedimentos (consultas, exames, terapias e cirurgias) realizados em 2020, em relação a 2019, pelo setor de planos de saúde.
A redução da utilização dos serviços aconteceu em decorrência das medidas protetivas adotadas para evitar a disseminação da Covid-19. Em 2021, com a retomada gradativa da utilização dos planos de saúde pelos beneficiários, as despesas assistenciais apresentaram crescimento, influenciadas principalmente pela variação no preço dos serviços/insumos de saúde.