Deputado líder dos caminhoneiros pede revisão da política de preços da Petrobras

Deputado líder dos caminhoneiros pede revisão da política de preços da Petrobras

Nereu Crispim (PSD-RS) defende que vinculação dos valores não seja baseada em índices ou moedas não utilizadas pelo Brasil

R7

Parlamentar quer revogação, modificação ou supressão dos fatores baseados em dólar

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O líder da Frente Parlamentar Mista dos Caminhoneiros, deputado federal Nereu Crispim (PSD-RS), encaminhou ao presidente Jair Bolsonaro (PL) um ofício em que solicita a adoção de providência em relação à política de preços adotada pela Petrobras.

A empresa adota o modelo PPI (Preço de Paridade Internacional), o que faz com que o preço da gasolina, do etanol e do diesel acompanhe a variação do valor do barril de petróleo no mercado internacional. Bolsonaro, que critica constantemente a Petrobras, recusou comentar, recentemente, uma eventual troca no comando da estatal.

"Não tem mais desculpas. O filho Petrobras é seu, presidente, e tu prometeste aos caminhoneiros que iria acabar com o PPI. Tu disseste que o Brasil precisava de um presidente corajoso e não covarde que só atendesse aos interesses corporativos. Está na hora de honrar tua promessa de campanha", afirma o parlamentar.

A reportagem obteve acesso ao texto enviado por Crispim. O documento requer de Bolsonaro o envio de projeto sobre as políticas energéticas que proíba a vinculação dos preços "baseados em variações de índices ou moedas não adotadas oficialmente pelo país".

O parlamentar solicita a revisão imediata das diretrizes, da metodologia e dos critérios de cálculo do preço de referência adotados na formação de preço do mercado interno sobre combustíveis, petróleo e derivados básicos destinados ao consumidor. Crispim pede a revogação, modificação ou supressão dos fatores baseados em dólar ou cotações internacionais.

As legislações citadas pelo deputado são da Agência Nacional de Petróleo (703) e do Conselho Nacional de Política Energética (5), que tratam sobre o tema. "Coragem, presidente. Estamos a favor do Brasil e não contra você, mas esse filho é teu. Não tente mais passar a responsabilidade a terceiros. A solução está posta", argumentou Crispim.

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