Previsão para inflação sobe para 9,33% e PIB estimado recua, diz Banco Central
Revisões das expectativas do mercado financeiro mantêm movimentações das últimas semanas
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Os economistas do mercado financeiro consultados semanalmente pelo Banco Central (BC) elevaram, pela 31ª semana seguida, suas previsões para a inflação de 2021. As projeções para o crescimento da economia, por sua vez, recuaram pela quarta vez consecutiva e agora figuram em 4,93% ao final deste ano.
Conforme as estimativas divulgadas nesta segunda-feira, a aposta atual é que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) feche o ano em 9,33%. Na semana passada, as apostas apontavam que a inflação terminaria o ano em 9,17% e, há quatro semanas, em 8,59%.
Para 2022, o mercado financeiro alterou a previsão do PIB de alta de 1,2% para 1%. Quatro semanas atrás, estava em 1,54%. Já para 2023, a estimativa de crescimento do PIB foi mantida em 2%.
As mudanças das estimativas são impulsionados pelas recentes altas no preço da energia elétrica e dos combustíveis, que causam um efeito cascata em outros produtos da economia, e pelo temor de rompimento do teto de gastos com o pagamento do Auxílio Brasil, programa idealizado para substituir o Bolsa Família.
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Caso a nova expectativa seja confirmada, a inflação chegará ao fim de 2021 acima do dobro da meta estabelecida pelo governo para o ano, de 3,75%, com margem de tolerância de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%).
Para 2022, a previsão para o índice oficial de preços subiu pela 16ª semana consecutiva, de 4,55% para 4,63%. A aposta para 2023 foi mantida em 3,27% e a de 2024 revisada de 3% para 3,1%.
Apesar da previsão de maior alta nos preços, a expectativa para o dólar ficou mantida em R$ 5,50. Para os preços administrados, tais como energia e combustíveis e planos médicos, a expectativa é de alta de 15,29% neste ano.