Brasil é convidado a aderir à OPEP+, aliança de exportadores de petróleo

Brasil é convidado a aderir à OPEP+, aliança de exportadores de petróleo

Organização tem a Arábia Saudita à frente e mais dez países associados liderados pela Rússia

AFP

Brasil deve "aderir à OPEP+ em janeiro de 2024", disseram fontes

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O Brasil foi convidado a aderir à OPEP+, composta pelos 13 membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP, com a Arábia Saudita à frente) e dez países associados liderados pela Rússia. O convite consta em comunicado divulgado após a reunião virtual do grupo nesta quinta. 

No entanto, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que a oficialização da entrada do País no grupo ainda dependerá de uma análise técnica.

Corte de produção

Hoje, os países de Opep+ reforçaram compromisso com a "estabilidade e equilíbrio" do mercado da commodity. O texto, no entanto, não especifica se houve acordo para os planos de produção dos integrantes.

Em seguida, Arábia Saudita anunciou que vai manter "até o final do primeiro trimestre de 2024" seu corte da produção de um milhão de barris diários de petróleo.

Já a Rússia informou que vai aumentar o corte em sua produção de petróleo, de 300 mil para 500 mil barris diários, e manterá esta redução até março de 2024. O anúncio foi feito pelo vice-primeiro-ministro russo responsável pela Energia, Alexandre Novak. 

O corte adicional na produção procura "manter a estabilidade e o equilíbrio no mercado do petróleo", declarou Alexandre Novak em um comunicado, após a reunião, em Viena, dos 23 membros desta aliança de exportadores de petróleo.

O que é OPEP e OPEP+

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) é uma entidade criada em 1960, no Iraque, que tem como objetivo estabelecer uma política comum entre países que mais produzem e vendem petróleo no mundo. Além da Arábia Saudita, são membros da OPEP Venezuela, Emirados Árabes Unidos, Nigéria, Líbia, Kuwait, Iraque, Irã, Gabão, Guiné Equatorial, República do Congo, Angola e Argélia.

O fato de a organização ser responsável por uma grande parcela da produção mundial de petróleo faz com que consiga influenciar nos preços cobrados pelo barril da commodity, ao aumentar ou diminuir o ritmo de extração do óleo.

Já a "Opep+", nasceu em 2016 e inclui os "países aliados". Nações que não integram a organização como os anteriores, mas que participam de forma conjunta em algumas das ações e políticas internacionais ligadas ao comércio de petróleo. Os membros da OPEP+ são Rússia, Cazaquistão, Azerbaijão, Malásia, México, Bahrein, Brunei, Omã, Sudão e Sudão do Sul. 


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