Reestruturação dos sindicatos, indústria e educação são focos da direção reeleita da CUT-RS
Presidente da entidade ainda afirmou que são contrários ao chamado imposto sindical, que voltou ao debate nacionalmente
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Com a posse prevista para setembro, a diretoria da Central Única dos Trabalhadores no Rio Grande do Sul (CUT-RS) pretende reestruturar a categoria, no novo mandato da gestão que foi reeleita, em processo com chapa única, no início de agosto.
O presidente reeleito, Amarildo Cenci, disse ter sentido um afastamento nos últimos anos, com o aumento da informalidade no mercado de trabalho. “Os governos existem, mas não substituem a nossa atuação”, afirmou.
Segundo Cenci, entre as articulações já feitas, estão a aproximação de motoristas de aplicativo de transporte e de entregas, para que se organizem em entidades. A CUT-RS pretende, também, representar esses trabalhadores.
Com a possibilidade de retorno da exigência de contribuição sindical para os trabalhadores em pauta nacionalmente, o presidente garantiu que a CUT-RS nunca foi favorável. “Não queremos o imposto sindical, inclusive, quando era pago, boa parte dos nossos sindicatos devolvia”, afirmou.
A gestão pretende atuar, prioritariamente, segundo Cenci, com foco na geração de empregos, capacitação e valorização. “A gente adotou como tema principal defender a indústria e a transformação, além da educação”, detalhou o presidente reeleito da entidade.
O afastamento de jovens das instituições de ensino, para Cenci, parte da desigualdade. “Os jovens veem gente que não estudou ganhando mais que eles. A criançada da periferia não enxerga perspectiva”, argumentou.