Fenabrave diz que incentivo a carros foi um sucesso e pede sequência
Vendas de veículos de junho cresceram 6,5% frente ao mesmo mês do ano passado
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A direção da Fenabrave, associação que representa as concessionárias de automóveis, considerou "muito positivo" o impacto no mercado dos descontos patrocinados pelo governo.
Hoje, durante a apresentação das vendas de veículos de junho, que cresceram 6,5% frente ao mesmo mês do ano passado, o presidente da entidade, José Maurício Andreta Júnior, ressaltou diversas vezes que, após um período de paradas de fábricas e estoques elevados, o programa fez o coração do setor voltar a bater. Ele ponderou, no entanto, que o "trabalho precisa ter sequência".
A área técnica da entidade está preparando uma nova proposta para levar em breve ao governo. O objetivo, disse Andreta Júnior, é um programa que seja bom para todos - ou seja, que estimule o mercado, preserve a arrecadação do governo pelo aumento de volume e reduza as emissões com a renovação da frota. "Queremos venda ao consumidor final, que perdeu poder aquisitivo", declarou o presidente da Fenabrave.
Segundo o executivo, como existe uma defasagem entre a venda e a entrega do automóvel e os estoques na rede ainda têm muitos carros com os bônus de R$ 2 mil a R$ 8 mil autorizados pelo governo, as estatísticas de julho devem refletir ainda os efeitos do programa.
Assim, a tendência, frisou, é de um pico de vendas neste mês. Andreta Júnior sublinhou que a projeção da Fenabrave de manutenção, em 2023, das vendas do ano passado - leve alta de 0,1% - só não foi revista para uma queda em razão do "sucesso" da medida do governo.
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Já em relação aos créditos autorizados para descontos na troca de caminhões com mais de 20 anos de uso, pouco usados até agora, a avaliação é a de que o programa não deslanchou por conta do contexto de desempenho fraco da economia, com exceção do agronegócio, juros altos, com condições de financiamento desfavoráveis, e aumento, na média de 20%, na nova linha de veículos de carga.