Projeção para IPCA 2023 no cenário de referência está em 5,8%, diz ata do Copom

Projeção para IPCA 2023 no cenário de referência está em 5,8%, diz ata do Copom

BC voltou a alertar que "não hesitará" em retomar o ciclo de alta da taxa básica de juros, caso a desinflação não ocorra

AE

Sede do Banco Central

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A ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada na manhã desta terça-feira, 28, indicou que a projeção para o IPCA de 2023 está em 5,8% no cenário de referência. Para 2024, a projeção para o IPCA está em 3,6%. Além disso, o BC projeta 3,8% para o IPCA em 12 meses no terceiro trimestre de 2024, horizonte a que tem dado ênfase.

Todas as projeções já constavam no comunicado da semana passada, quando o Copom manteve a Selic (a taxa básica de juros) em 13,75% ao ano pela quinta vez seguida. "O Comitê julga que a incerteza em torno das suas premissas e projeções atualmente é maior do que o usual", repetiu o BC na ata.

A projeção do BC para o IPCA de 2023 está acima do limite de tolerância da meta, de 4,75%, indicando três anos consecutivos de descumprimento do BC de seu mandato principal, após 2021 e 2022.

Para 2024, a projeção do BC supera o centro da meta de 3,0%, mas ainda fica dentro da banda, que vai até 4,50%. No comunicado e na ata, o BC indica que a estratégia é a convergência da inflação para ao "redor da meta ao longo do horizonte relevante".

Atualmente, o horizonte relevante do Copom inclui os anos de 2023 e, com maior peso, de 2024, mas o BC optou maIs uma vez por dar ênfase ao terceiro trimestre de 2024 (seis trimestres à frente).

O cenário de referência pressupõe a taxa de juros variando de acordo com a pesquisa Focus e o câmbio partindo de R$ 5,25 e evoluindo conforme a Paridade do Poder de Compra (PPC). Além disso, a premissa é de que o barril de petróleo siga aproximadamente a curva futura de mercado pelos próximos seis meses e suba a 2% ao ano na sequência.

No documento, o BC afirmou que "segue vigilante, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação". Também voltou a alertar que "não hesitará" em retomar o ciclo de alta, caso a desinflação não ocorra como esperado.

Ata anterior

Na ata da reunião anterior, em dezembro, as projeções de inflação no cenário que considerava juros do Focus e câmbio PPC eram de 5,6% para 2023 e 3,4% para 2024.

Cenário alternativo

A ata do último encontro do Copom agora divulgada repetiu, assim como no comunicado, um cenário alternativo para a projeção de inflação, que considera que a taxa Selic fica estável em 13,75% ao ano por todo o horizonte relevante.

Para 2023, a projeção do IPCA no cenário alternativo fica em 5,7% e, para 2024, em 3,0%. Além disso, o BC projeta 3,3% para o terceiro trimestre de 2024 em 12 meses.

Todas as projeções já constavam no comunicado da semana passada, quando o Copom manteve a Selic em 13,75% ao ano pela quinta vez seguida. "O Comitê julga que a incerteza em torno das suas premissas e projeções atualmente é maior do que o usual", repetiu o BC na ata.

A projeção do BC para o IPCA de 2023 no cenário alternativo também está acima do limite de tolerância da meta, de 4,75%, indicando três anos consecutivos de descumprimento do BC de seu mandato principal, após 2021 e 2022.

Mas, para 2024, fica exatamente no centro da meta, de 3,00%. Além disso, para o terceiro trimestre de 2024, a projeção fica também ao redor da meta. No comunicado e na ata, o BC indica que a estratégia é a convergência da inflação para ao "redor da meta ao longo do horizonte relevante".

Atualmente, o horizonte relevante do Copom inclui os anos de 2023 e, com maior peso, de 2024, mas o BC optou por novamente dar ênfase ao terceiro trimestre de 2024 (seis trimestres à frente).

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