Caxias do Sul busca ajustes para o comércio ambulante da área central da cidade

Caxias do Sul busca ajustes para o comércio ambulante da área central da cidade

Reunião foi realizada nesta quarta-feira para debater o assunto

Celso Sgorla

Boa parte dos vendedores, em dias de chuva, se deslocam para baixo das marquises, criando transtornos a lojistas e pedestres

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Após mais de um ano de discussão sobre o regramento do comércio ambulante na área central de Caxias do Sul, a prefeitura estabeleceu, há pouco mais de 30 dias, pontos fixos para os ambulantes venderem suas mercadorias de forma a impedir a utilização do leito das calçadas para exposição e venda de produtos. Também forneceu uma tenda para cada um dos mais de 90 vendedores cadastrados, em sua maior parte imigrantes haitianos e senegaleses. Porém, embora a maioria dos ambulantes esteja cumprindo as determinações acordadas, existem reclamações do comércio formal de que alguns estão desrespeitando as regras.

Devido a estas reclamações, foi realizada nesta quarta-feira uma reunião na Câmara de Vereadores do município par debater o assunto. O ponto mais questionado é a migração de boa parte dos vendedores, em dias de chuva, para baixo das marquises e uso das calçadas, criando transtornos aos lojistas e pedestres. “Reconhecemos que esta situação conflita com os objetivos do programa Organiza Caxias. Por isso, estamos buscando sugestões dos vereadores, que têm recebido reclamações do comércio formal”, argumentou Rodrigo Lazarotto, diretor de fiscalização da Secretaria do Urbanismo. O consenso, no entanto, é de que as tendas em pontos fixos não podem ser a solução definitiva.

Na reunião, houve a concordância de que se torna necessário um prédio para abrigar os ambulantes, medida que a prefeitura já avalia junto a empreendedores que demonstraram interesse. O secretário de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda, Élvio Gianni, destacou que a Administração avalia a parceria público-privada como a alternativa mais viável para a estruturação de um centro de comércio popular.

A diretora de Proteção Social da Secretaria Municipal de Segurança Pública e de Proteção Social, Sueli Rech, informou que o setor tem trabalhado na capacitação de imigrantes para diferentes atividades e na prospecção de oportunidades de emprego. “Este pessoal está aqui por questões humanitárias, decorrentes de problemas econômicos e políticos e de natureza climática, como é o caso dos haitianos”, reforçou.

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