O que explica os grandes volumes de chuva que atingem o Rio Grande do Sul?
Ruas viraram rios, centenas de pessoas ficaram desalojadas, quatro morreram e mais de 40 cidades reportaram danos
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A chuva extrema no Rio Grande do Sul com os temporais no Sul do Brasil foram consequência da atmosfera extremamente instável devido a um centro de baixa pressão sobre o Estado. A avaliação é da MetSul Meteorologia, que explica que um rio atmosférico intenso trouxe muita umidade da Amazônia para o território gaúcho juntamente com um corredor de vento em baixos níveis da atmosfera com ar quente.
Segundo a empresa, ao mesmo tempo uma frente fria avançou e encontrou o ar quente sobre o Sul do país na segunda-feira, o que reforçou a chuva e os temporais que já ocorriam antes pela baixa pressão que no fim de semana estava sobre o Norte da Argentina.
Apesar da intensidade das chuvas, os especialistas do serviço de meteorologia explicam que o fenômeno atual não é consequência de um ciclone. “Toda a área de baixa pressão é ciclone (giro horário) assim como todo o centro de alta pressão é anticiclônico (giro no sentido anti-horário), mas nem toda baixa pressão é um ciclone extratropical. Não haverá um ciclone extratropical no Rio Grande do Sul nesta segunda”, já alertava a MetSul Meteorologia, em nota, no domingo.
Novo alerta
Os altos volumes de chuva nas nascentes de rios no Vale do Taquari podem gerar enchentes de proporções graves. O alerta foi feito pela MetSul Meteorologia na noite desta segunda-feira. Conforme os meteorologistas, o quadro é "extremamente preocupante" e as elevações de de rios podem ser muito rápidas nas partes mais baixas.
Chuva entre sexta à noite e 18h de segunda:
- Passo Fundo: 310 mm
- Serafina Corrêa: 281 mm
- Vacaria: 279 mm
- Cruz Alta: 274 mm
- Ijuí: 266 mm
- Ibirubá: 236 mm
- Cambará do Sul: 219 mm
- Caxias do Sul: 192 mm
- Santa Maria: 185 mm
- Santiago: 185 mm
- Palmeira das Missões: 185 mm
- Santa Rosa: 162 mm
- Campo Bom: 131 mm
- Porto Alegre: 104 mm
Fonte: MetSul, Inmet e Cemaden
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