Médicos do IPE Saúde mantêm paralisação
A decisão foi tomada por 85% dos presentes na Assembleia Geral Extraordinária
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Com 85% dos votos favoráveis, os médicos credenciados ao Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do RS (IPE-Saúde) continuam paralisados até o dia 23 de maio. A deliberação aconteceu durante Assembleia Geral Extraordinária (AGE), organizada pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), na noite desta terça-feira.
Um novo encontro está agendado para ocorrer no dia 23 de maio e os médicos credenciados devem decidir pelo licenciamento temporário por 30, 60 ou 90 dias.
Na abertura da AGE, o presidente do Simers, Marcos Rovinski falou sobre as ações do sindicato junto ao governo gaúcho, para buscar a recuperação dos valores pagos pelos procedimentos médicos e hospitalares, sem reajuste há 12 anos. De acordo com Rovinski, valor de R$ 140 milhões é considerado insuficiente para contemplar as reais necessidades de reposição. “Para termos uma ideia, hoje o valor está em R$ 200 `milhões. Também é importante lembrar que esse projeto está levantando muitas discussões sobre os reajustes. Ele ainda vai passar pelo crivo da Assembleia Legislativa. É bem provável que esse plano não seja aprovado como está. Nós apresentamos várias propostas como a liberdade de escolher o seu médico. E o aumento da coparticipação”, ressaltou.
“Acreditamos na autonomia do profissional e estamos disponíveis para auxiliar tanto no licenciamento temporário quanto, até mesmo, no descredenciamento. Queremos que haja o bom senso do governo e que ele seja célere nas propostas, pois esse é um movimento sério dos médicos, na busca do reconhecimento à altura do trabalho realizado”, destacou o presidente.
Assim como os médicos participantes da Assembleia, o presidente do Sindicato destacou o ineditismo do movimento da categoria. “A nossa mobilização foi essencial para que os gestores do Estado encaminhassem a proposta de reestruturação do IPE-Saúde. Sou médico credenciado há mais de 40 anos e nunca vi nada igual para garantir a valorização dos profissionais”, comemorou.
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Desde o dia 10 de abril, os profissionais iniciaram uma intensa mobilização que busca reverter o congelamento de 12 anos nos honorários médicos e de procedimentos hospitalares. Essa defasagem reflete na desvalorização da categoria e resulta no desinteresse dos médicos em continuar atendendo pelo plano.
Estiveram presentes na sede do Simers, o vice-presidente da entidade, Marcelo Matias; o diretor-geral, Fernando Uberti; o diretor de Interior, Luiz Alberto Grossi; o presidente do Conselho Regional de Medicina do RS (Cremers), Carlos Sparta; o ex-presidente do Cremers, Eduardo Neubarth Trindade; além das assessorias jurídica e política do sindicato. Mais de 200 associados participaram da votação de forma on-line.