Nível alto faz Rio dos Sinos em São Leopoldo entrar em alerta de inundação
Marcas neste final de semana superaram os 4,30 metros considerados de risco de enchentes no município
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Em que pese o sol forte e as temperaturas altas dos últimos dias, o rio dos Sinos entrou em estado de atenção em São Leopoldo por conta do nível acima do limite, informou a Defesa Civil Municipal. O órgão ativou o alerta de inundação por conta da marcação de 4,36 metros nesse sábado, acima dos 4,30 metros previstos em protocolo. Hoje pela manhã, o nível estava ainda maior, em 4,40 metros, de acordo com a medição da Agência Nacional de Águas (ANA). As chuvas dos últimos dias potencializaram o aumento das marcas.
Ainda no sábado, os agentes foram às ruas da Praia, no bairro Rio dos Sinos, e das Camélias, no bairro Pinheiro, inicialmente como uma forma de prevenção. Estas são ruas, ainda conforme a Defesa Civil, que podem ser atingidas por possíveis alagamentos caso o rio continue subindo. Em Campo Bom, a marca foi de 6,40 metros, enquanto na foz do rio Paranhana, no município de Taquara, o registro foi de 3,84 metros.
Já no Guaíba, a régua do Cais Mauá, no Centro Histórico de Porto Alegre, registrou 58 centímetros, enquanto no terminal hidroviário da CatSul, em Guaíba, o registro aferido foi de 57 centímetros. No trapiche da Praia da Pedreira, dentro do Parque Estadual de Itapuã, em Viamão, a aferição foi de 30 centímetros. No rio Gravataí, a régua do balneário Passo das Canoas, em Gravataí, mantida pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), registrou na manhã deste domingo a marca de 2,12 metros.
Em Alvorada, a medição foi de 2,11 metros na Estação de Tratamento de Água (ETA) da Corsan, em trajetória de oscilação. Hoje, não há retirada de lixo do Gravataí, em Cachoeirinha, por parte da empresa FDM Engenharia, responsável pelos trabalhos. A área da Praça do Ecoturismo, onde há a base de operações da FDM, recebeu inclusive a terceira edição de um evento de exposição de carros antigos, chamado Benditas Lasanhas.
O organizador da ação, Patrick Jover, morador de Cachoeirinha, disse que já fez projetos na área do meio ambiente, e que o evento já havia sido agendado para aquela data, mesmo antes do lixo aparecer. “Houve o acaso de acontecer esta ação exatamente durante esta remoção. Porém, acredito que não seja apenas um problema do município, mas de toda a Grande Porto Alegre”, salientou Jover.
Mesmo não havendo trabalhos, funcionários da FDM estavam no local, inspecionando os barcos utilizados na remoção. De acordo com eles, 90% do lixo já foi removido, mas ainda há muito a ser feito. “Nesta segunda-feira, começamos a conclusão do nosso trabalho. Vamos iniciar a remoção nas margens, desde a ponte na avenida Flores da Cunha até a ponte da Freeway”, disse um deles, sob condição de anonimato. O trecho em questão é o que está previsto em contrato.
A FDM instalou, nos últimos dias, outra contenção, próximo a Corsan, em Cachoeirinha, cerca de 500 metros no sentido da nascente de onde o lixo estava acumulado inicialmente, na altura da rua Dr. Nilo Peçanha, bairro Jardim América. A ideia é que a barreira possa frear o avanço dos materiais sólidos a partir desta área, considerada mais crítica. O pedido foi feito pela Prefeitura. Funcionários da FDM consideram que outro dos grandes problemas, a presença de árvores centenárias caídas no leito, impedindo a passagem dos barcos removedores, foi resolvido após a remoção delas.
