Rio Grande do Sul tem 30,6% de cobertura vacinal na campanha da gripe
Meta é que sejam imunizadas 90% das pessoas de cada faixa até o dia 3 de junho
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Faltando um mês para o término da campanha de vacinação contra a gripe, o Rio Grande do Sul tem 30,6% da cobertura vacinal do público-alvo total de 4,9 milhões de gaúchos, conforme dados do Ministério da Saúde nesta manhã. Em que pese a vacinação ter ampliado o público que pode tomar o imunizante contra três cepas da influenza somente hoje no Estado, com o início da segunda fase da campanha, os números da primeira etapa não atingem 40% da cobertura. A campanha, que começou no dia 4 de abril, iniciou com foco em 2.504.917 pessoas, entre idosos (2.143.707), faixa que concentra o maior número do público, e profissionais da saúde (361.210). Passado um mês, esses dois públicos somados, têm 39% de cobertura vacinal contra a gripe. Até agora, foram 834.165 doses aplicadas em idosos e 140.989 no Estado. Para as crianças de seis meses até cinco anos incompletos, a vacinação começou de forma antecipada no último dia 25 de abril. Em uma semana, 9,7% das 620.932 foram imunizadas.
Hoje, o governo do estado ampliou, seguindo o calendário federal, o público apto a receber a vacina para gestantes e puérperas (que deram à luz há até 45 dias), povos indígenas, professores e demais trabalhadores de educação do ensino básico e superior, pessoas com deficiência permanente, pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade), caminhoneiros, trabalhadores de transporte coletivo urbano e de longo curso, trabalhadores portuários, profissionais das Forças Armadas, funcionários do sistema prisional, população privada de liberdade e jovens em medidas socioeducativas.
Porto Alegre vacinou 33% dos idosos
Em Porto Alegre, o público estimado para imunização em Porto Alegre em 2022 é de 711.533 pessoas. Deste total, 304.338 são idosos, sendo que foram vacinados na capital 33% deste público-alvo. Dos profissionais de saúde, 28% dos 101.362 esperados tomaram a vacina até agora. Já entre as crianças, 8,4% das 74.715 estão vacinadas em uma semana de doses disponíveis para esse público. Cabe salientar que, mesmo com a ampliação da oferta, esses três nichos seguem sendo imunizados nas 142 unidades de saúde da capital e, no Estado, nos postos de vacinação de cada município. A campanha de vacinação contra a gripe encerra no dia 3 de junho em todo país. Caso haja excedente após a conclusão, o Ministério da Saúde disponibilizará o excedente ao final da campanha.
Segundo a chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica, do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Tani Ranieri, a adesão à vacinação está abaixo esperado. “Nestes últimos dias, temos percebido uma baixa na procura. Ainda que o RS seja o estado que mais aplicou doses, isso não quer dizer muito porque uma cobertura de 30% é pouca”, salientou. Os grupos prioritários contemplados na primeira etapa da vacinação podem continuar procurando sua dose. “Foram etapas pré-definidas para operacionalizar a campanha, mas esperamos que este público – idosos e profissionais de saúde – vão atrás da vacina”, relatou Tani.
Já a Secretaria Municipal de Sáude de Porto Alegre (SMS) disse que aguardava o balanço oficial, que deve ser levantado hoje à tarde, antes de emitir posicionamento sobre o avanço da imunização.
O que levar ao posto de saúde
A vacina da gripe pode ser administrada junto com outros imunizantes, como a tríplice viral, contra o sarampo, e a vacina da Covid-19. A única exceção para esta regra são as crianças de 5 a 11 anos de idade. Nesse caso específico, deve-se aguardar 15 dias entre as doses que protegem contra o coronavírus e as cepas da influenza. Para receber a imunização, idosos devem apresentar documento que comprove a idade. No caso dos trabalhadores da saúde, o contracheque ou outro documento que demonstre o vínculo empregatício precisa ser apresentado. Gestantes e puérperas devem levar a carteira de gestante. Já as crianças precisam ter com os pais a caderneta de vacinação. Condições de saúde podem ser comprovadas com atestado médico, laudo ou prescrição de receita de medicamento de uso contínuo.