Presidente da associação comercial de Porto Alegre critica restrições durante a pandemia

Presidente da associação comercial de Porto Alegre critica restrições durante a pandemia

Paulo Afonso Pereira classificou como uma série de equívocos as medidas adotadas pelo ex-governador Eduardo Leite e ex-prefeito Nelson Marchezan Júnior

Felipe Samuel

Paulo Afonso Pereira deixa o cargo após seis anos à frente da entidade

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Com críticas às políticas adotadas no início da pandemia da Covid-19 pelo governo estadual e municipal e elogios ao governo federal, o presidente da Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA), Paulo Afonso Pereira, deixa o cargo após seis anos à frente da entidade. Ele será substituído por Suzana Vellinho, que será a primeira mulher a assumir a instituição em 164 anos. Durante o evento MenuPoa, realizado na última segunda-feira na Capital, o dirigente fez um balanço do período em que dirigiu a associação e recordou o início gestão.

Com o tema ACPA: do empreendedorismo ao protagonismo, Pereira respondeu a questionamentos dos jornalistas Guilherme Baumhardt, gerente-geral e âncora da Rádio Guaíba e colunista do Correio do Povo; Oziris Marins, gerente de Conteúdo das Rádios Band RS; e Guilherme Kolling, editor chefe do Jornal do Comércio. Pereira classificou como uma série de equívocos as medidas adotadas pelo ex-governador Eduardo Leite e ex-prefeito Nelson Marchezan Júnior.

Na avaliação de Pereira, houve "muito barulho" em cima de uma coisa grave. "Devemos, sim, salvar e proteger os CPFs, mas não podemos matar o CNPJ. Infelizmente, por decisões equivocadas, muitos CNPJs acabaram perecendo, desapareceram, se prejudicaram, assim como a economia como um todo", compara.

Ele observa que na pandemia o setor passou por dificuldades. "Estávamos enfrentando uma série de equívocos que a administração pública estadual e municipal estavam tendo em relação a essa cidade, em relação aquilo que as empresas esperavam e necessitavam", sustenta.

Ao destacar que saúde e economia são indissociáveis, o dirigente critica as restrições impostas ao comércio durante a pandemia e avalia que os empresários foram 'subjugados por decisões autoritárias'. Ao avaliar a gestão do governo federal, ressalta a importância das reformas tributária e administrativa. "Enxergo evolução administrativa extraordinária neste governo", destaca. "Espero que esse conceito de administração continue", completa. Sobre o início do primeiro mandato à frente da ACPA, em 2016, Pereira recorda que a entidade possuía um passivo de R$ 250 mil, com atrasos de impostos e dívidas financeiras.

O dirigente explica que foi necessário um trabalho de recuperação de imagem - além de melhorias administrativa e estrutural. Para Pereira, a ACPA está estabilizada e pronta para seguir em frente. "Hoje entrego a administração dom R$ 460 mil em caixa", ressalta. Sobre os desafios de quem deseja empreender no Brasil, ele afirma que o empresário brasileiro 'é corajoso'. "Porque se fosse sensato não empreenderia. Mas só existe empreendimento por causa dos empresários, esse lutador que vai, enfrenta dificuldades e consegue", pontua.

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