Jairo Jorge diz estar perplexo com investigação e afirma que fatos serão esclarecidos
Prefeito de Canoas foi afastado do cargo por seis meses
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O prefeito de Canoas, Jairo Jorge (PSD), disse nessa quinta-feira, por meio de publicação na sua conta oficial no Twitter, que está "perplexo" com a operação do Ministério Público do Rio Grande do Sul deflagrada nessa quinta-feira, que o afastou do cargo por seis meses. Ele afirmou "acreditando na Justiça" para os fatos serem devidamente esclarecidos. A investigação do MP afirma que o chefe do Executivo municipal canoense lideraria um núcleo político relacionado com possíveis irregularidades em contratos de prestação de serviços, que somariam cerca de R$ 66 milhões.
Fui surpreendido, na manhã desta quinta-feira, 31, por uma ação do Ministério Público do Rio Grande do Sul. Estou perplexo com as graves acusações e ataques à minha honra, mas sigo acreditando na Justiça e tendo a convicção de que todos os fatos serão devidamente esclarecidos.
— Jairo Jorge (@Jairo_Jorge) March 31, 2022
Ao todo, a operação cumpre 81 ordens judiciais. Os mandados atingiram 24 pessoas físicas e 15 empresas em endereços comerciais e residenciais, em instituições e órgãos públicos de Canoas e Porto Alegre, além de São Paulo (SP), São Bernardo do Campo (SP), Barueri (SP), Santana do Parnaíba (SP), Nova Iguaçu (RJ), Niterói (RJ) e Contagem (MG). Sete dessas empresas foram proibidas de contratar com o poder público.
Durante coletiva nessa quinta-feira, o subprocurador-geral para assuntos institucionais do MP, Julio Melo, afirmou que as primeiras irregularidades teriam sido percebidas há quase um ano. "A investigação iniciou em maio de 2021, a partir de um relatório do Tribunal de Contas, que apontava a fraude num contrato relativo à saúde de Canoas. A partir desse relatório, se verificou que as irregularidades se estendiam para outros contratos, e aí desencadeou a necessidade dessa operação", afirmou. Outro contrato irregular, que motivou o nome da operação, seria o de limpeza e copeiragem.
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De acordo com o coordenador do Gaeco Núcleo Saúde, Marcelo Dossena, o prefeito Jairo Jorge teria participado ativamente das irregularidades nos contratos. Procuradores disseram que haveria dois núcleos na fraude, sendo um deles político e outro empresarial. Os representantes do MP explicaram que num primeiro momento uma quantia em dinheiro teria sido repassada à campanha de Jorge, na época em que liderava as pesquisas eleitorais.