Anvisa cita crescimento de casos de Covid-19 e desaconselha embarques em cruzeiros neste período
Agência divulgou nota em que justifica contraindicação de viagens em navios devido à rápida mudança do cenário epidemiológico
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A Anvisa, (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) divulgou uma nota na noite deste domingo em que desaconselha o embarque de passageiros que possuem viagens programadas em navios de cruzeiro para os próximos dias. Segundo a agência, a contraindicação se deu em vista dos "aumentos vertiginosos de casos de Covid-19 com identificação de surtos a bordo das embarcações que operam na costa brasileira".
Ainda de acordo com a Anvisa, "a recomendação leva em consideração a mudança rápida no cenário epidemiológico, o risco de prejuízos à saúde dos passageiros e a imprevisibilidade das operações neste momento".
Navio MSC Splendida
No caso do navio MSC Splendida, mais de três mil passageiros foram impedidos de embarcar neste domingo. A agência afirma que a medida se deu devido ao reconhecimento da existência de transmissão sustentada de Covid-19 entre tripulantes. A embarcação havia sido notifica no sábado sobre o impedimento de embarque.
De acordo com a Anvisa, as investigações conduzidas nos últimos dias demonstram a chance de contrair Covid-19 em navios de cruzeiro é alta, pois o vírus se espalha facilmente entre pessoas próximas a bordo de navios.
Suspensão da temporada
A Anvisa reforçou na nota divulgada neste domingo a urgência da interrupção imediata da temporada de navios de cruzeiro no Brasil. Segundo a agência, apesar dos esforços nos últimos dias para controlar a situação sanitária das embarcações, as ações da agência são gravemente impactadas por falhas no cumprimento dos protocolos pactuados para o início da temporada.
O texto diz ainda que em razão do grave risco à saúde da população, a Anvisa já recomendou ao Ministério da Saúde, desde o dia 31 de dezembro, que reconsiderasse a posição sobre a temporada de navios de cruzeiro disposta até que seja reavaliado o cenário sanitário e epidemiológico. A afirma que "segue aguardando a rápida e urgente manifestação do Ministério da Saúde, sob pena de graves episódios sanitários com risco à saúde pública".