"Não é consensual", diz Queiroga sobre vacinação de crianças
Ministro não respondeu se a pasta vai disponibilizar a vacina contra a Covid para a faixa etária mesmo com aval da Anvisa
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O Ministério da Saúde ainda não se posicionou oficialmente sobre a inclusão de crianças de 5 a 11 anos na Campanha de Vacinação contra a Covid. Nesta sexta-feira (17), o ministro Marcelo Queiroga afirmou que o assunto não é consensual, mesmo após aval da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para o uso da Pfizer nesta faixa etária.
"Essa questão será analisada pela área técnica. O ministro é a última instância do ministério", disse, a jornalistas, na entrada da sede da pasta. Segundo ele, é necessário uma discussão aprofundada. "Não é um assunto consensual. Há aqueles que defendem, de maneira entusiástica e os que são contra. Então, a gente tem que discutir isso."
A fala ocorreu após conversa entre o ministro e o presidente da República, Jair Bolsonaro. Segundo o ministro, na última conversa com Bolsonaro, não houve discussão em relação o julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a obrigatoriedade da cobrança da vacinação a viajantes que queiram entrar no País.
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Sobre o aval da Anvisa para a aplicação da Pfizer em crianças a vacinação, a informação que circula nos bastidores do Planalto é que a notícia desagradou o mandatário e, por isso, Queiroga tem mantido cautela para falar sobre o assunto e não causar divergências.
Entretanto, no fim de novembro, o governo assinou contrato para aquisição de 100 milhões de vacina contra a Covid-19 para 2022. A ideia era que os primeiros 40 milhões de imunizantes fossem disponibilizados para essa faixa etária, a partir de janeiro.
Agora, o ministro ganha tempo destacando a necessidade das discussões. "Vou conversar com o Conselho Nacional de Justiça, com o Conselho Nacional do Ministério Público Federal para que as decisões sejam tomadas de maneira sólida e a sociedade possa confiar nas autoridades sanitárias, como tem feito."