Covid 19: secretários de Saúde cobram instrução para vacinar crianças
Conass comemorou a aprovação da aplicação da Pfizer para a faixa etária de 5 a 11 anos, mas aguarda aval do ministério
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Logo após a Agência Nacional de vigilância Sanitária (Anvisa) anunciar a aprovação do uso da vacina Pfizer para a faixa etária de 5 a 11 anos, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) emitiu, nesta quinta-feira, uma nota manifestando apoio à decisão e cobrando das autoridades competentes as orientações para a inclusão do grupo na campanha vacinal contra a Covid-19.
"Tendo em vista que para dar início à vacinação nesta faixa etária será necessária formulação específica desta vacina com um terço da fórmula 'padrão' (10 microgramas por dose), o Conass aguarda posicionamento do Ministério da Saúde quanto à sua aquisição, o que é de sua competência", disse o Conass.
O R7 questionou o Ministério da Saúde sobre os próximos passos a serem cumpridos para disponibilizar a vacina às crianças e se já há quantitativo suficiente para atender a ampliação do público, mas a pasta ainda não se manifestou. O que já se sabe é que o governo federal se preparava, desde meados de novembro, para adquirir mais doses, no caso da aprovação pela Anvisa.
No fim de novembro, o governo assinou contrato para aquisição de 100 milhões de vacina contra a Covid-19 para 2022. A ideia era que os primeiros 40 milhões de imunizantes fossem disponibilizados para essa faixa etária, a partir de janeiro.
Para defender a vacinação em crianças, o Conass destacou o alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS) que aponta que o público entre 5 e 14 anos é o mais afetado pela nova onda de Covid-19 na Europa.
"Apesar do menor risco em relação a outras faixas etárias, nenhuma outra doença imunoprevenível causou tantos óbitos em crianças e adolescentes no Brasil em 2021 como a Covid-19", alertaram os secretários.
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O conselho ainda aproveitou para destacar o interesse na aprovação do uso da CoronaVac para crianças de 3 a 17 anos, reiterando que aguarda "com expectativa" a deliberação do tema. O Instituto Butantan protocolou, na quarta-feira, um novo pedido junto à Anvisa para aplicar o imunizante na faixa etária.
A primeira solicitação foi feita em julho, mas a agência negou a autorização por falta de dados mais concretos no momento. O novo requerimento tem 30 dias para ser deliberado.
Sobre a CoronaVac, o Conass defendeu que a vacina é amplamente utilizada em outros países e possui disponibilidade imediata no Brasil, além de ser desenvolvida "em plataforma conhecida, segura, eficaz e que permite a execução ordinária das demais vacinas do Programa Nacional de Imunização (PNI)".