Melo quer restringir venda de bebidas alcoólicas em Porto Alegre
Medida, segundo prefeito, é necessária para controlar a vida noturna da Capital
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O prefeito Sebastião Melo (MDB) afirmou nesta quarta-feira, em entrevista à Rádio Guaíba, que planeja restringir a venda de bebidas em Porto Alegre com o intuito de controlar a vida noturna da cidade, que tem gerado reclamações por parte dos moradores e ocasionado casos de violência. Moinhos de Vento e Cidade Baixa devem ser os primeiros bairros atingidos pela medida, conforme o gestor.
Melo reiterou que a força-tarefa de monitoramento montada para o primeiro bairro será ampliada. Uma das propostas da administração é limitar a venda de bebidas alcoólicas por ambulantes – prática apontada como uma das origens do problema pelo prefeito. “Alô, mercadinho aí da Padre Chagas (localizada no Moinhos de Vento). Após o decreto, se o senhor vender bebida a partir da meia-noite, eu vou lhe fechar. E as motos que saem dos quatro cantos da cidade com o 'kit bebida’ também. Os caras bebem, tentam entrar nos bares, não são autorizados a usar o banheiro e acabam fazendo necessidades na rua. A bagunça se estabeleceu”, afirma.
O prefeito defendeu que os espaços da Capital tenham uso misto, mas que uma atividade não interfira na outra. A avaliação é de que alguns dos pontos mais tradicionais da cidade, como o Parcão e a Redenção, estão sendo deixados de lado pela população em razão da degradação causada pelas aglomerações noturnas. “Nossa primeira parada será na rua da República, onde nós perdemos a mão. Estamos com muita, muita dificuldade. Aquele pessoal do Moinhos de Vento, por exemplo, fica até as 3h na rua e depois vai para o Parcão. De manhã, é garrafa, é xixi, é lixo na rua. As pessoas que levantam para caminhar no lugar não conseguem”, explica.
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Segundo Melo, a solução definitiva para o problema passa pela descentralização das atrações de lazer para a população. Por isso, a administração deve começar a pensar em espaços que possam receber os jovens nas periferias. Também já há o diagnóstico de que parte destas pessoas não vive em Porto Alegre, mas sim na Região Metropolitana.
Na entrevista desta quarta, Melo também falou sobre outros temas importantes relacionados à Capital, como a possibilidade de abrir concurso público para a Guarda Municipal de Porto Alegre, o cofinaciamento para revitalizar o Centro, a Orla do Guaíba e o 4º distrito, além da análise que está sendo feita pela Ufrgs, que decidirá o futuro do Esqueletão.
*Com informações do repórter Aristoteles Junior