Esqueletão é totalmente desocupado de forma "dialogada e segura", diz Melo

Esqueletão é totalmente desocupado de forma "dialogada e segura", diz Melo

Neste domingo encerrou o prazo judicial para comerciantes e moradores deixarem o prédio inacabado, localizado no Centro de Porto Alegre

Correio do Povo

Neste domingo encerrou o prazo judicial para comerciantes e moradores deixarem o prédio inacabado, localizado no Centro de Porto Alegre

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O prédio chamado popularmente de "Esqueletão", situado no Centro de Porto Alegre, foi totalmente desocupado neste domingo. Moradores e comerciantes, que ocupavam os primeiros andares do prédio com estrutura inacabada tinham até ontem, devido ao prazo judicial, para deixar voluntariamente o local. De acordo com o prefeito Sebastião Melo, que esteve no local nas primeiras horas do dia, a desocupação ocorreu de forma pacífica, sem necessidade de qualquer operação.

"A desocupação do Esqueletão, que se encerrou há pouco de forma dialogada e segura, é um avanço simbólico para Porto Alegre", escreveu Melo no Twitter. Para o gestor municipal, o prédio que nunca chegou a ter sua estrutura concluída representa "a falência da ordem pública e perigo concreto para os cidadãos".

Segundo a Prefeitura, quando a operação de cumprimento do mandado de desocupação iniciou-se, às 7h deste domingo, havia apenas três moradores no prédio, que saíram pacificamente do local. Uma comerciante finalizou a retirada de pertences.

O prédio foi fechado para limpeza e seguirá com monitoramento da Guarda Municipal. Nos próximos dias, o Laboratório de Ensaios e Modelos Estruturais (Leme) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) iniciará a elaboração do laudo estrutural que decidirá o futuro do Esqueletão – se ele será demolido ou se haverá o reaproveitamento com reformas da estrutura. De acordo com a SMPAE, essa etapa deve ocorrer "dentro de dias" e será conduzida pelo secretário Municipal de Planejamento e Assuntos Estratégicos, Cezar Schirmer.

“Foi uma operação tranquila, porque houve muito diálogo com moradores e comerciantes, uma sensibilização sobre o risco de permanecer ali e a necessidade de desocupar o local”, afirmou o secretário.

As famílias que permaneciam no Esqueletão foram encaminhadas a vagas em pousadas, até que estejam devidamente cadastradas para recebimento do auxílio moradia. Dos 19 pavimentos, quatro eram ocupados. No térreo funcionava uma galeria comercial. O primeiro, segundo e terceiros andares eram utilizados para moradia, na maioria dos casos, em condições muito precárias, com acúmulo de lixo e instalações elétricas inadequadas. De acordo com laudo assinado por engenheiros da prefeitura em 2018, o prédio oferecia risco de grau crítico aos ocupantes.

Dos cerca de 50 moradores mapeados pela prefeitura desde janeiro deste ano, 19 comprovaram situação de vulnerabilidade social, sendo que 11 já estão recebendo auxílio moradia, no valor de R$500 e fornecido pelo período de 24 meses.

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