Bloqueios de rodovias foram encerrados, diz Ministério da Infraestrutura
Manifestantes seguem protestando em três estados (RS, SC e RO), mas não há comprometimento para o fluxo de veículos nas vias
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O governo federal divulgou, no início da manhã desta sexta-feira, que não há mais bloqueios em rodovias federais por parte de caminhoneiros. Segundo informe mais recente do Ministério da Infraestrutura, feito com base em informações da PRF (Polícia Rodoviária Federal), às 7h30 havia alguns pontos de concentração de manifestantes, que caíram 45% desde a noite de quinta-feira (9), e se resumiam a três estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Rondônia.
"Nos estados de Mato Grosso do Sul, Goiás, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santos e Paraná não há mais qualquer ponto de retenção na malha federal. Há aglomerações sem prejuízo ao livre fluxo de veículos no Mato Grosso e no Pará", diz o boletim do ministério.
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Desde a noite de quarta, quando o protesto começou, o governo está mobilizado para convencer os caminhoneiros a liberar as rodovias ao redor do país. A categoria iniciou as manifestações para apoiar o presidente Jair Bolsonaro e criticar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
O movimento, porém, não é apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro, que chegou a enviar na madrugada de ontem um áudio aos caminhoneiros para pedir o fim dos bloqueios. A Confederação Nacional do Transporte (CNT), que representa empresas do setor, também negou apoio à greve.
O governo teme que a paralisação possa se estender e comprometer ainda mais a economia. Ontem, o IBGE divulgou o novo índice da inflação oficial (IPCA), que avançou 0,87% em agosto, maior alta para o mês em 21 anos.
Bolsonaro disse nesta quinta-feira, em sua live semanal, que alguns bloqueios devem se manter até o próximo domingo (12). O chefe do executivo federal se reuniu com lideranças do movimento durante a tarde para desmobilizar as manifestações.
"Estive hoje à tarde, com 12 pessoas, a maioria caminhoneiros. Falaram que iam manter o movimento até o domingo. É um direito deles. Eu não influencio nessa área. Fui bem claro. Se passar de domingo, passa a ter problemas seríssimos na economia, aumenta a inflação", relatou.