Porto Alegre aplica vacina contra a gripe em 125 unidades de saúde

Porto Alegre aplica vacina contra a gripe em 125 unidades de saúde

Aplicação da dose será feita até o fim dos estoques disponíveis no município

Cláudio Isaías

Aplicação da dose será feita até o fim dos estoques disponíveis no município

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A vacinação contra a gripe em Porto Alegre pode ser realizada em 125 unidades de saúde até o fim dos estoques, segundo informou nesta quinta-feira a Secretaria Municipal da Saúde (SMS). A movimentação foi tranquila para quem foi em busca da imunização nos postos de saúde da Capital. Não havia filas e nem aglomeração nesta quinta-feira.

Na unidade de saúde Bananeiras, no bairro Aparício Borges, na zona Leste da Capital, os servidores da saúde aproveitaram para recomendar que as pessoas fizessem a imunização contra a gripe 15 dias após a realização da segunda dose contra a Covid-19.

A dona de casa Rosa Siqueira, 55 anos anos, que já fez as duas doses contra o coronavírus, aproveitou a ida até o posto de saúde e realizou a vacina para evitar a gripe. "Recomendo que toda a população faça a aplicação da vacina. Realizo todos os anos a imunização", destacou. Morador da avenida Bento Gonçalves, Mateus Farias, 62 anos, disse que a vacina é a a maneira mais segura das pessoas ficarem protegidas contra a gripe.

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O limite mínimo de idade para receber a imunização é de seis meses. A ampliação foi definida pelo Ministério da Saúde devido à baixa procura pela vacina nos grupos prioritários durante a campanha nacional. Ao ampliar a oferta para além dos grupos prioritários, o ministério e a secretaria pretendem diminuir o risco de transmissão e as complicações causadas pelos vírus influenza, que podem levar a hospitalizações e até a óbito.

Em Porto Alegre, segundo a SMS, até o momento mais 609 mil doses já foram aplicadas. A vacina oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é a trivalente, que garante proteção contra os vírus H1N1m H3N2 e Influenza B.

O maior contingente de doses de vacina aplicadas na Capital está no grupo dos idosos. De acordo com os dados do LocalizaSUS, do Ministério da Saúde, 359.166 pessoas com mais de 60 anos receberam a dose. Pessoas sem comorbidades de qualquer faixa etária, beneficiadas com a ampliação da campanha para a população em geral, somam 74.956.

A vacina contra gripe diminui a ocorrência de complicações causadas por vírus respiratórios, diminuindo também as internações hospitalares. O intervalo entre doses da vacina da gripe e da Covid-19 deve ser no mínimo de 15 dias. Para receber a dose, a pessoa deve comparecer a uma das 125 unidades de saúde da rede municipal que mantém a oferta do imunobiológico. Pessoas de grupos com vínculo profissional devem apresentar a comprovação desse vínculo; gestantes e puérperas podem apresentar a carteira da gestante; pessoas com comorbidade devem comprovar o agravo ou condição de saúde com atestado ou relatório médico ou ainda prescrição de medicamento de uso contínuo.

O horário de atendimento é o mesmo de funcionamento das unidades de saúde. O Ministério da Saúde informou que a campanha conta com mais de 80 milhões de doses de vacinas Influenza produzidas pelo Instituto Butantan. 

O Rio Grande do Sul recebeu no final do mês de julho mais de 600 mil doses de vacinas contra a gripe. O novo lote será usado para intensificar, preferencialmente, a imunização de idosos, gestantes e crianças, grupos considerados mais vulneráveis para o agravamento da doença, com risco de complicações, internações e óbitos.

A diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Cynthia Molina Bastos, destaca a importância da vacinação contra a influenza durante a pandemia. “É necessário garantir menos vírus circulando entre as pessoas e isto é possível com a imunização, tanto contra a Covid-19 quanto contra a gripe”, salientou. Já a chefe da Divisão de Epidemiologia do Cevs, Tani Ranieri, disse que é preciso que os grupos prioritários continuem recebendo as doses para dar continuidade à vacinação contra a gripe, porque a cobertura vacinal ainda não alcançou a meta de 90% prevista pelo Plano Nacional de Imunizações (PNI).

Vale lembrar que é preciso manter um intervalo mínimo de 15 dias entre as vacinas da gripe e da Covid-19, independentemente da ordem de qual foi a primeira. A orientação visa dar maior segurança para que, qualquer evento adverso pós-vacinação que possa surgir de uma não seja confundido com o outro imunizante.


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