Justiça confirma suspensão de contrato de empresa responsável pela coleta de lixo em Porto Alegre

Justiça confirma suspensão de contrato de empresa responsável pela coleta de lixo em Porto Alegre

Medida foi tomada após a paralisação dos serviços nessa terça-feira

Correio do Povo

Coleta de lixo ocorreu através de força-tarefa nessa semana em Porto Alegre

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A Justiça confirmou, na tarde desta sexta-feira, a suspensão do contrato da Prefeitura de Porto Alegre com a empresa B.A. Meio Ambiente, responsável pela coleta de lixo na Capital. De acordo com a Procuradoria-Geral do Município (PGM), a 7ª Vara da Fazenda Pública negou o pedido da B.A. Meio Ambiente para anular o ato administrativo que suspendeu cautelarmente o contrato 08/2015, firmado entre as partes.

A suspensão administrativa foi publicada em edição extra do Diário Oficial na última quarta-feira para averiguação de supostos descumprimentos à legislação trabalhista por parte da contratada. 

Segundo a PGM, a empresa alegou no Judiciário a ilegalidade da suspensão do contrato. A medida foi tomada após a paralisação dos serviços de coleta domiciliar nessa terça-feira e os representantes do Município tomarem conhecimento de que muitos trabalhadores - a maioria estrangeiros - não têm vínculo empregatício com a empresa, fornecendo serviço como microempreendedores individuais, o que não atende ao previsto no contrato.  

“Considerando tratar-se de natureza essencial o contrato firmado entre as partes - prestação de serviço de coleta regular de resíduos sólidos e urbanos - e, ainda, sendo público e notória a paralisação dos serviços no município de Porto Alegre, tenho que possível o ato administrativo que emitiu Aviso de Suspensão Cautelar de Contrato por se tratar de situação excepcional”, afirmou a juíza Marilei Lacerda Menna em sua decisão.

Empresa pode apresentar defesa até 24 de junho

O contrato da Prefeitura com a B.A. Meio Ambiente encerra em dezembro de 2021. De acordo com o procurador-geral do Município, Roberto Silva da Rocha, a suspensão contratual possibilita ao Município condições de buscar uma contratação emergencial, até que a empresa apresente sua defesa até o dia 24 de junho

"A relação entre a empresa e seus trabalhadores não pode sofrer interferência direta do Município, mas a administração tem o dever de fiscalizar o cumprimento do contrato. Em se confirmando irregularidades, o contrato pode ser rescindido unilateralmente. Além disso, eventuais violações às leis trabalhistas podem gerar um passivo para o Município, que responde subsidiariamente”, explicou o procurador-geral.  

Em contato com o escritório que cuida da parte jurídica da B.A. Meio Ambiente, na tarde desta sexta, foi informado que a empresa não irá se manifestar sobre o assunto. 

Força-tarefa segue em Porto Alegre

O prefeito Sebastião Melo anunciou, em uma live nesta sexta-feira, que a Prefeitura trabalha para colocar a coleta em dia, por meio da força-tarefa montada ainda nessa terça-feira para garantir o recolhimento do lixo, e segue na busca de uma alternativa para a prestação do serviço até que a licitação atualmente em andamento (concorrência 015/2020) seja concluída.

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