Porto Alegre registra taxa de ocupação de 109% em leitos de UTI

Porto Alegre registra taxa de ocupação de 109% em leitos de UTI

Atualmente, 184 pacientes com a Covid-19 aguardam uma vaga no sistema de Saúde da Capital

Christian Bueller

Porto Alegre segue com mais de 100% de ocupação desde o dia 3 de março

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A taxa de ocupação em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Porto Alegre apresentou queda nesta segunda-feira, de 112,05% do dia anterior para 109,62%. São 1.105 pacientes para 1.015 leitos operacionais, ainda acima da capacidade dos hospitais. Segundo painel de monitoramento dos hospitais da SMS, são 54 casos suspeitos e 184 pessoas aguardando um leito.

Há duas semanas, conforme dados da Secretaria, a fila chegou a 315 pacientes. Os hospitais Moinhos de Vento (160,61%), Fêmina (150%) e Nossa Senhora da Conceição (145,76%) apresentaram as maiores ocupações nesta segunda-feira. Já no total do RS, segundo a SES, a taxa de ocupação, nesta segunda-feira, foi de 102,0%, com 3.399 pacientes em 3.332 leitos de UTI.

Mesmo ainda alta, a fila de espera de pacientes que aguardam transferência para leitos de UTI registrou queda de 37,14% em Porto Alegre, e 28,30% no Rio Grande do Sul. Também caiu o número de pacientes em estado crítico nas emergências de hospitais de referência da Capital que precisaram transformar estes setores em UTI por conta da demanda causada pela pandemia.

No Hospital de Clínicas, a situação apresentou uma melhora na segunda. "Chegamos a 88 pacientes há duas semanas. Temos 46 pessoas, dos quais 38 são pacientes críticos. Dezenove em ventilação mecânica, a primeira vez em muito tempo abaixo dos 20", explica a coordenadora do Grupo de Trabalho de enfrentamento ao coronavírus do HCPA, Beatriz Schaan.

O número de pacientes Covid também diminuiu no Grupo Hospitalar Conceição, segundo o diretor técnico do GHC, Francisco Zancan Paz. "Apesar de ser uma diminuição discreta, baixou nas emergências, na UPA e isso reflete nas enfermarias. Só ainda não reflete na UTI".

Para os gestores dos hospitais, as restrições impostas nas primeiras semanas de bandeira preta do sistema de distanciamento controlado podem ter contribuído para a queda de novos pacientes nesta segunda-feira nos dois hospitais.

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