Tabela de horários dos ônibus não terá alterações em Porto Alegre até o começo da semana

Tabela de horários dos ônibus não terá alterações em Porto Alegre até o começo da semana

ATP vai observar a demanda de passageiros para avaliar se é necessário modificar os horários dos coletivos

Felipe Samuel

Atualmente, em média, 390 mil pessoas utilizam o transporte coletivo por dia

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A restrição das atividades não-essenciais por conta da vigência da bandeira preta do modelo de Distanciamento Controlado deve impactar o transporte público a partir da próxima semana. A Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP) garante que a tabela de horário dos ônibus de Porto Alegre não terá alterações pelo menos até segunda-feira. Na próxima semana, a entidade vai observar a demanda de passageiros para avaliar se é necessário modificar os horários dos coletivos.

As medidas anunciadas pelo governo do Estado, que entram em vigor neste sábado, determinam, entre outras coisas, que o transporte coletivo municipal e metropolitano só poderá circular com ocupação de até 50% da capacidade total dos veículos, com janelas abertas, e sem passageiros em pé. O engenheiro de Transportes da ATP, Antônio Augusto Lovatto, explica que em outros momentos do ano passado, quando o setor operou com todas as atividades essenciais fechadas em Porto Alegre, a demanda caiu em 50%. "Olhando o que aconteceu ano passado, talvez haja redução de 50% dos passageiros", assinala.

Atualmente, em média, 390 mil pessoas utilizam o transporte coletivo por dia. Se o impacto no setor for semelhante ao verificado em 2020, a demanda cairia à metade. "Reduziria para cerca de 170 mil passageiros por dia. Mas ainda precisamos identificar como vai se comportar essa demanda para definir como se dará a oferta para cumprir a legislação", destaca. "Ônibus é um serviço essencial, é obrigação manter serviço procurando atender minimamente atender a população, respeitando o que está estabelecido nos decretos", completa.

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Somente no ano passado, as empresas do setor registraram perdas de R$ 100 milhões. O prejuízo foi atenuado com um aporte do executivo municipal na ordem de R$ 40 milhões até agosto do ano passado. "Se o setor for encolhido, haverá demissões, dependendo de quanto vai se apresentar a demanda nos próximos dias. Se vai voltar a patamares onde Porto Alegre realmente fechou todos os serviços não-essenciais e shoppings centers. Temos que ver quanto tempo vai durar isso", observa.


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