Com superlotação, UPA Moacyr Scliar restringe atendimento na Zona Norte de Porto Alegre
Direção do Grupo Hospitalar Conceição informou que unidade está com capacidade operacional esgotada
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Com a escalada da pandemia do coronavírus na Capital, a demanda por atendimento em pronto-atendimentos apresentou crescimento nas últimas semanas. Por conta do aumento dos casos positivos para a Covid-19, a Direção do Grupo Hospitalar Conceição informou, nesta terça-feira, que a UPA Moacyr Scliar, na Zona Norte, por apresentar capacidade operacional 'esgotada', não poderia receber mais pacientes enquanto 'perdurar a lotação'. Durante a tarde, o local chegou a abrigar 63 pacientes, número quatro vezes superior à capacidade ideal.
De acordo com o GHC, o acúmulo de pacientes em observação ultrapassou a capacidade física de atendimento, com ocupação plena dos equipamentos disponíveis e a mobilização de toda equipe assistencial. A gerente da UPA Moacyr Scliar, Jaqueline Cesar Rocha, explica que devido à superlotação e à demanda alta de pacientes precisando de oxigênio o atendimento está restrito no local. "Nossa capacidade operacional está esgotada por conta de superlotação de pacientes internados aguardando transferência", observa.
Ao justificar a superlotação da UPA, Jaqueline garante que o suporte de oxigênio a pacientes está garantido. "Não estamos com falta de oxigênio, não existiu isso em nenhum momento", completa. Dos 63 pacientes que aguardavam leitos, apenas 10 não tinham diagnóstico confirmado para a Covid-19. "Não temos mais onde colocar os pacientes e estamos com demanda alta de pacientes precisando de suporte de oxigênio", alerta. "Cilindros (de oxigênio) temos, estamos esgotando as possibilidades para conectar oxigênio nos pacientes", complementa.
Com crescimento dos atendimentos de pacientes Covid-19, a UPA Moacyr Scliar isolou um local para acomodar pacientes sem a doença. "Não tem mais como acomodar e colocar pacientes em suporte. Quem está aqui não tem risco de falta de oxigênio", afirma. A recomendação é para que as pessoas procurem outras unidades de atendimento. "Não teremos mais como abrir portão, só pacientes com risco iminente de óbito", assinala.
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