Pnad Covid-19 aponta que 22,7% das pessoas que fizeram testes até novembro testaram positivo
Pesquisa do IBGE revelou que quanto maior o rendimento domiciliar per capita, maior o percentual de pessoas testadas
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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid (Pnad Covid) mensal do ano sobre a situação da pandemia do coronavírus no Brasil. Os dados são do mês de novembro de 2020.
De acordo com a pesquisa do IBGE, até novembro, 28,6 milhões de pessoas (13,5% da população) haviam feito algum teste para saber se estavam infectadas pelo coronavírus - (até outubro esse número estava em 25,7 milhões de pessoas ou 12,1% da população). Entre essas pessoas, 22,7% ou (6,5 milhões) testaram positivo em novembro, contra 22,4% (ou 5,7 milhões), em outubro.
Dados da pesquisa apontam também que praticamente não houve diferença no percentual de homens e de mulheres que fizeram algum teste: 13,2% e 13,8%, respectivamente. Por grupos de idade, a pesquisa registra que o maior percentual foi entre as pessoas de 30 a 59 anos de idade (18,2%).
Quanto maior o nível de escolaridade, maior foi o percentual de pessoas que fez algum teste: 7,3% entre as pessoas sem instrução ao fundamental incompleto, e 28% entre aqueles com superior completo ou pós-graduação.
O IBGE divulgou ainda, que quanto maior a classe de rendimento domiciliar per capita, maior o percentual de pessoas que realizaram algum teste para Covid-19, chegando a 27,2% para as pessoas do décimo mais elevado e 6,8% para as do primeiro décimo. O percentual de pessoas que testaram positivo variou de 20,5% (no 10° décimo) a 25,4% (no 4° décimo).
Das pessoas que fizeram algum teste, a pesquisa informa que 12,7 milhões fizeram o SWAB e 26,6% testaram positivo; 12,4 milhões fizeram o teste com coleta de sangue do furo no dedo e 17,2% testaram positivo; 8,0 milhões fizeram o teste de coleta de sangue da veia no braço e 25,5% testaram positivo.
Os maiores percentuais de testes foram do Distrito Federal (25,6%), Goiás (20,7%) e Piauí (20,6%). Os menores foram no Acre (8,8%), Pernambuco (9,3%) e Alagoas (10,3%). Em termos do indicador síntese, 988 mil pessoas (0,5% da população) apresentaram sintomas conjugados de síndrome gripal que podiam estar associados à Covid-19 (perda de cheiro ou sabor ou febre, tosse e dificuldade de respirar ou febre, tosse e dor no peito). Em outubro, haviam sido 855 mil pessoas (0,4% da população).
Segundo a Pnad Covid, em novembro, entre as pessoas que procuraram atendimento em hospitais, precisaram ficar internadas 11,0% (104 mil), das que apresentaram algum dos sintomas pesquisados, e 14,4% (42 mil), das que apresentaram sintomas conjugados. A distribuição de pessoas internadas, por sexo, em novembro, entre aquelas com algum sintoma, teve ligeira prevalência das mulheres (51,2%).
No entanto, entre os que apresentaram sintomas conjugados, houve uma maior prevalência dos homens (55,0%). Pela primeira vez desde o início da pesquisa, as pessoas brancas (52,0%) foram maioria entre as que apresentaram algum sintoma e precisaram ficar internadas. Já entre aquelas com sintomas conjugados e que precisaram ficar internadas, as pessoas pretas ou pardas (56,1%) continuam sendo a maioria.