Projeto WimBelemDon é reaberto após seis meses interditado
No período da reforma, crianças e adolescentes vinham treinando na sede campestre da Ajuris
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Marcelo Ruschel, fundador do projeto, afirmou que foi inventado um plano B pela equipe para não perder o vínculo com as crianças em situação de vulnerabilidade que participam da iniciativa. "Fizemos um convênio com a Ajuris e as crianças conseguiram ser atendidas esses meses na sede campestre da entidade nas terças e quintas-feiras", destacou. "Com o retorno para a nossa sede recomeçamos os treinamentos de tênis e o atendimento diário nas oficinas de arte terapia, cinema e laboratório de aprendizagem nas disciplinas de Matemática e Língua Portuguesa", ressaltou.
Antes do treinamento, que tem duração de 45 minutos, os jovens participam de uma sessão de meditação. Segundo Ruschel, pelo menos 60 jovens são atendidos na instituição. O incêndio, em abril deste ano, atingiu os vestiários e banheiros do centro de treinamento. "Tínhamos 35 crianças residentes na zona Sul da cidade esperando para entrar no projeto antes do incêndio do dia 15 de abril que agora com o retorno da atividades serão chamadas", destacou.
A ex-aluna Jaleska Mendes, hoje com 22 anos, começou a frequentar o WimBelemDon quando tinha nove anos. Ela afirmou que a escolinha surgida em 2000 foi uma novidade no bairro. “Mudou a minha vida e a de muita gente”, recordou a jovem que hoje é professora contratada da instituição.
A treinadora está agora em outro jogo que pretende vencer em 2019: a formatura no curso de Educação Física que ela cursa na Faculdade Sogipa, em Porto Alegre. "Todos os dias mostro para os jovens que podemos alcançar os nossos objetivos", ressaltou a jovem.
A sede do WimBelemDon, após a reforma ficou diferente, com a construção de um depósito para guardar os materiais administrativos e doações; a construção de um espaço para a colocação de materiais de atividades esportivas; a substituição de todo o telhado e piso das salas administrativas e vestiários; a instalação de nova rede elétrica e de lógica nas salas administrativas, vestiário e sala multiuso e a instalação de sistema de captação e armazenamento de cinco mil litros de água da chuva, que serão usadas para abastecimento de vasos sanitários e para molhar a quadra de tênis e gramados.
De acordo com Ruschel, todas essas mudanças somente foram possíveis graças a solidariedade de diversas pessoas e empresas que, desde o momento do incêndio, estiveram mobilizadas para ajudar a instituição.