Geraldo Alckmin anuncia novos nomes do governo de transição, entre eles Guido Mantega
O vice-presidente eleito divulgou membros de seis áreas; a equipe terá 31 grupos técnicos
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O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) anunciou nesta quinta-feira (10) novos nomes para mais seis equipes de transição de governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT): comunicação, direitos humanos, mulheres, indústria e comércio, igualdade racial e planejamento. Alckmin foi designado coordenador-geral do grupo na última sexta-feira (4).
Paulo Bernardo, ex-ministro do Planejamento; Jorge Bittar, ex-deputado federal; César Álvares e Alessandra Ourofino vão fazer parte da equipe de comunicação. A ex-deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), o filósofo Silvio Almeida, Janaína Barbosa de Oliveira, Rubens Linhares Mendonça Lopes e o deputado estadual Emídio de Souza (PT-SP) farão parte do grupo que tratará de direitos humanos.
No grupo que vai tratar de planejamento, estão o ex-ministro Guido Mantega, o deputado federal Enio Verri (PT-RS), Esther Duek e Antônio Lacerda.
Para o grupo de indústria e comércio, foram escolhidos os nomes de Germano Rigotto, Jackson Schneider, Rafael Lucchesi, Marcelo Ramos, Tatiana Conceição, Paulo Tarciso Okamotto, Paulo Roberto Feldmann e André Ceciliano.
No grupo que vai discutir mulheres estão Aniele Franco, Roseli Faria, Roberta Eugênio, Maria Helena Guarezi, Eleonora Menicucci e Aparecida Gonçalves.
Para a área de igualdade racial, foram escolhidos os nomes de Nilma Lino Gomes, da ex-ministra Givânia Maria Silva, de Douglas Belchior, de Tiago Tobias, Ieda Leal, Martius das Chagas e Preta Ferreira.
Alckmin anunciou os primeiros nomes da equipe de transição na terça-feira (8). Na ocasião, ele detalhou que o foco é garantir a continuidade do Auxílio Brasil — que voltará a se chamar Bolsa Família — a R$ 600, além dos R$ 150 por filho até seis anos. Segundo ele, o complemento "traz uma correção em relação ao valor fixo para as famílias que, normalmente, são as mais vulneráveis".
Dar continuidade às obras e aos serviços também está entre as prioridades. Alckmin ainda não detalhou o valor a ser demandado na PEC, mas a expectativa é de abertura de um crédito na casa dos R$ 200 bilhões.
Os grupos técnicos foram divididos em áreas temáticas: agricultura, pecuária e abastecimento; assistência social; centro de governo; cidades; ciência, tecnologia e inovação; comunicações; cultura; defesa; desenvolvimento agrário; desenvolvimento regional; direitos humanos; economia; educação; esporte; igualdade racial; indústria, comércio e serviços; infraestrutura; inteligência estratégica; justiça e segurança pública; meio ambiente; minas e energia; mulheres; pesca; planejamento, orçamento e gestão; povos originários; previdência social; relações exteriores; saúde; trabalho; transparência, integridade e controle; e turismo.
A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), ficará a cargo da articulação política. O ex-deputado federal Floriano Pesaro (PSB-SP) será o coordenador-executivo do gabiente de transição. Já o ex-ministro Aloizio Mercadante vai ser o coordenador de 31 grupos técnicos que trabalharão no governo de transição.
O governo de transição terá, ainda, um conselho político, constituído por representantes dos dez partidos da coligação feita por Lula para concorrer no pleito deste ano (PT, PCdoB, PV, PSB, PSOL, Rede, Solidariedade, Avante, Agir e PROS), além de PDT e PSD, que entraram em acordo com a equipe de Lula após a vitória dele no primeiro turno.
Os integrantes do conselho serão: José Luiz Penna, presidente do PV; Jefferson Coriteac, vice-presidente do Solidariedade; Daniel Tourinho, presidente do Agir; Wolney Queiroz, deputado federal pelo PDT; Felipe Espirito Santo, integrante da direção do PROS; Carlos Siqueira, presidente do PSB; Wesley Diógenes, porta-voz da Rede; Luciana Santos, presidente do PCdoB; Juliano Medeiros, presidente do PSOL; Guilherme Ítalo, da direção do Avante; e Antônio Brito, deputado federal pelo PSD.
Os membros da equipe de transição devem ter acesso às diversas informações relacionadas às contas públicas, aos programas e projetos, entre outros tópicos. O grupo será formado por até 50 pessoas, que assumem os cargos especiais de transição governamental (CETG).
A princípio, as pessoas que forem escolhidas para o governo de transição não devem ser nomeadas para ministérios quando Lula assumir. "O presidente Lula deixou claro que os que vão participar da transição não têm relação direta com ministério, com o governo. Podem participar, não participar. São questões obstantes, distintas", disse Alckmin.