Equipe de Lula visita CCBB, sede da transição do novo governo
Estiveram presentes no espaço Gleisi Hoffmann, presidente do PT, e Aloizio Mercadante, coordenador da campanha petista
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A equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visitou, nesta sexta-feira, o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em Brasília, sede da transição do novo governo, que tomará posse em 1º de janeiro. O espaço fica a cerca de quatro quilômetros do Palácio do Planalto.
Pela lei, entre os princípios da transição governamental estão a colaboração entre o governo atual e o eleito, transparência da gestão pública, planejamento da ação governamental, continuidade dos serviços prestados à sociedade, supremacia do interesse público e boa-fé e executoriedade dos atos administrativos.
Transição
A transição do governo Jair Bolsonaro (PL) para o governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) começou, oficialmente, nesta sexta. O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), foi nomeado pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), para o cargo especial de Transição Governamental.
A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). Escolhido pela equipe de Lula para coordenar a transição de governo, o ex-governador de São Paulo ganha o status de ministro extraordinário e será responsável por requisitar as informações dos órgãos e entidades da administração pública federal.
Na quinta-feira (3), Alckmin se reuniu com Nogueira, que chefia os trabalhos pelo lado do governo Bolsonaro. Este foi o primeiro encontro para tratar do início da transição. "Entregamos o pedido do presidente Lula nos designando como coordenadores da transição", disse. Enquanto o vice-presidente eleito ficará na liderança dos trabalhos, Gleisi vai coordenar a parte política, e Mercadante, a técnica.
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Encontro com Bolsonaro
Ainda na quinta-feira (3), o vice-presidente eleito se encontrou com Bolsonaro no Palácio do Planalto pela primeira vez desde a vitória de Lula nas urnas. O encontro não estava na agenda oficial, mas o presidente tomou a iniciativa de conversar com Alckmin. Segundo o vice-presidente eleito, o atual chefe do Executivo se dispôs a contribuir com o governo de transição.
"Foi positivo. O presidente convidou para que fosse até lá ao seu gabinete. E reiterou o que disse o ministro [da Casa Civil] Ciro Nogueira e o ministro [da Secretaria-Geral da Presidência da República] Luiz Eduardo Ramos da disposição do governo federal de prestar todas as informações e colaborações, para que se tenha uma transição pautada pelo interesse público", disse Alckmin.
À pergunta se Bolsonaro o havia parabenizado pela vitória de Lula, o vice-presidente eleito não quis responder. "O presidente fala depois o teor da conversa. Mas foi, em resumo, reiterar os compromissos em relação à transição. Pautada na transparência, na continuidade dos trabalhos, no planejamento, na previsibilidade", acrescentou Alckmin.