Polêmicas e transferência de votos influenciam resultado da eleição

Polêmicas e transferência de votos influenciam resultado da eleição

Maioria dos estados manteve a tendência de votos do 1º turno; Amapá foi o único com alteração do comportamento do eleitor

R7

Polêmicas e transferência de votos influenciam resultado da eleição

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A disputa entre Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mostrou uma tendência padronizada de votos por estados neste segundo turno das eleições. A apuração das urnas eletrônicas apontou que Lula e Bolsonaro ganharam nos mesmos estados que no primeiro turno. O Amapá foi o único lugar com o cenário diferente, onde os eleitores depositaram mais votos em Bolsonaro do que em Lula.

Bolsonaro tinha perdido no Amapá na primeira fase, mas ganhou nesse segundo. Recebeu 187.621 votos (43,41%) em 2 de outubro, mas no último domingo subiu para 200.547 (51,36%). 

Os números foram reflexo dos votos de Macapá e Santana, que concentram a maior parte da população do estado. No entanto, Bolsonaro venceu somente em três municípios. Lula foi preferido nos outros 13 e teve 189.918 (48,64%). Essa divisão não mudou em comparação ao primeiro turno.

Bolsonaro também teve crescimento de votos no Acre, Rio Grande do Sul e São Paulo, os três com cerca de oito pontos percentuais acima do registrado no primeiro turno. Essa tendência era esperada, segundo o cientista político André Rosa, por conta da predominância do conservadorismo nos estados. Já em São Paulo, de acordo com ele, houve o impacto da eleição de Tarcísio de Freitas (Republicanos), aliado de Bolsonaro.

Polêmicas e transferência de votos

O presidente eleito, Lula, apresentou o maior crescimento de votos entre os dois turnos no Distrito Federal (DF). Teve 36,85% no primeiro e, no segundo, 41,19%. No entanto, o atual presidente ficou com 51,81% dos votos válidos, levemente acima do primeiro turno (51,65%). Com 100% das urnas apuradas no DF, o presidente Jair Bolsonaro (PL) venceu em quase todas as cidades.

André Rosa explicou que o fator que impulsionou o crescimento de Lula no DF foi a polêmica envolvendo o atual presidente e o grupo de meninas venezuelanas, em São Sebastião, região administrativa do DF.

Em Minas Gerais, Lula subiu de 48,29% no primeiro turno para 50,20% no segundo turno. "Minas é um estado muito estratégico nas eleições e Lula conseguiu se sair bem, tendo em vista que o Norte de Minas tem aproximação com o PT e uma relação com o estado da Bahia, onde o PT conseguiu derrubar ACM Neto, o que ajudou na transferência de votos para Minas Gerais", afirma Rosa.

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