Eduardo Bolsonaro autografa livro sobre o presidente no RS
Na Rádio Guaíba, deputado federal falou sobre obra e ponto de virada do pai rumo ao Planalto
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Quarto deputado federal mais votado em todo o país com 741.701, Eduardo Bolsonaro (PL)está em Porto Alegre para uma sessão de autógrafos do livro que narra a história de seu pai, do qual é coautor. Junto com Matheus Colombo Mendes, secretário de Comunicação Institucional da presidência da República, ele lançou no mês passado "Jair Bolsonaro: O fenômeno ignorado, Vol. 1: Eles não entenderam nada".
"Esse livro conta um pouco da história pregressa do presidente Jair Bolsonaro (PL), traçando um perfil antes de sua entrada na política, depois segue a sequência cronológica, passando pela eleição de vereador em 88 e de deputado em 90. Na sequência, os registros históricos da eleição para presidente e um sobrevoo sobre o governo", explicou Eduardo, em entrevista ao programa Boa Tarde, Brasil, na Rádio Guaíba.
O livro é repartido nestas três etapas temporais, além de contar com QR codes, elementos gráficos que levam a vídeos contextualizando as passagens do livro ao apontar a câmera de celularas. Entre esses momentos, além do atentado sofrido em 2018, em Juiz de Fora (MG), Eduardo e Matheus destacam a entrevista em que Bolsonaro cita o Presídio de Pedrinhas, no Maranhão, em 2014 como um "ponto de virada".
"Ele decide não andar na linha do politicamente correto. A tática da esqueda é rotular ele com tudo que há de pior para que fique quieto e ele não fica, vai para pancada. Neste momento as pessoas começam a se descobrir conservadoras", acredita Eduardo.
O então deputado federal, na ocasião, concedeu uma coletiva na Câmara dos Deputados, em Brasília, durante um "beijaço" promovido nos corredores da casa por movimentos socialistas. Entre outras coisas, ele disse que o presídio em questão era a "única coisa boa do Maranhão".
No local, ocorreram diversas mortes de presos desde o ano anterior e o tema trouxe a tona a discussão sobre o caos carcerário. "É só você não estuprar, não sequestrar, não praticar latrocínio que tu não vai para lá. Vai dar vida boa para aqueles canalhas?", disse na oportunidade, quando também defendeu os interesses da maioria, pois a "minoria tem que se calar, se curvar à maioria".
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Redes sociais massificaram
Matheus ressalta que, desde os discursos conservadores massificaram através das redes sociais, bandeiras que até então eram impessáveis no debate político, em sua opinião, vieram à tona. Ele citou como exemplo o combate à liberação do aborto, bandeira que, lembra, está sendo adotada também por Lula (PT) nesta eleição.
"Tudo que hoje virou bandeira de campanha, virou bandeira eleitoral. Olavo de Carvalho dizia nos anos 1990 que se surgisse um político que encampasse os anseios da sociedade seria um líder sem igual", destaca ao citar Bolsonaro.
Eduardo e Matheus preparam o lançamento do volume dois do livro. "Era para ter sido um livro até o fim do governo Bolsonaro. Mas como o material ficou muito extenso dividimos", explica. Os dois autografam a obra no NB Steak, na avenida Nilo Peçanha, das 16h às 21h.