Eleitores escolherão 27 nomes para compor o Senado Federal

Eleitores escolherão 27 nomes para compor o Senado Federal

Com 14 dos atuais 27 senadores em busca da reeleição, é esperada renovação mínima de 50%

Mauren Xavier

Perfil dos candidatos continua o mesmo de 2018: homem, branco, casado, com nível superior e mais de 50 anos

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Neste domingo, além de presidente, governador e deputados, das urnas também sairá a nova composição do Senado. Um terço das 81 cadeiras está em disputa neste pleito. Na prática, representa um candidato por estado, totalizando 27 integrantes, com mandatos de oito anos cada. Dependendo dos escolhidos, o novo comandante do Palácio do Planalto poderá encontrar facilidades ou dificuldades na aprovação de importantes projetos, como reformas e propostas de emenda à Constituição (PECs).

Das vagas em disputa, é esperada uma renovação mínima de quase 50%, isso porque apenas 14 dos atuais 27 senadores estão em busca da reeleição. Entre os experientes que vão deixar a função estão os senadores Fernando Bezerra Coelho (MDB-PB), que foi líder do governo na atual legislatura, e Tasso Jereissati (PSDB-CE), que está concluindo o segundo período no cargo.

Disputa no Rio Grande do Sul

No caso do RS, Lasier Martins (Podemos), eleito em 2014, não buscará novo mandato. Entretanto, a disputa pela vaga de Lasier tem sido uma das mais acirradas das últimas eleições. Isso porque é uma eleição majoritária que termina no primeiro turno. Assim, um voto pode ser o definidor. Na dianteira, segundo recentes pesquisas, aparecem três nomes: Ana Amélia Lemos (PSD), Hamilton Mourão (Republicanos) e Olívio Dutra (PT). Ana Amélia foi senadora entre os anos de 2011 e 2019. Mourão é o atual vice-presidente da República. Olívio foi governador do RS no final dos anos 90 e início dos 2000. A disputa contava com nove nomes até três dias antes do pleito, quando uma das candidatas, Comandante Nádia (PP), decidiu renunciar. No início de setembro, outro postulante ao cargo já havia desistido da disputa, Airto Ferronato (PSB), abrindo espaço para sua primeira suplente, Sanny Figueiredo, assumir a posição. 

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Perfil dos candidatos 

No país, o perfil médio dos candidatos ao Senado nesta eleição não sofreu alteração na comparação com outros pleitos: homem, branco, casado, com nível superior e mais de 50 anos. Mesmo assim, houve aumento no número de mulheres na disputa, que representam 22,5% dos concorrentes, contra 17,6% em 2018. Uma novidade é a presença das candidaturas coletivas. São quatro.

A busca por outros cargos

Na eleição deste ano, 16 senadores tentam trocar o Legislativo pelo Executivo estadual. No entanto, dessa soma, apenas um candidato, ao governo de Alagoas, encerra o mandato de senador em janeiro de 2023. Todos os outros, caso não sejam eleitos, seguirão na Casa até 2027. Esse é o caso de Luis Carlos Heinze (PP), que está na disputa ao governo do RS. Aliás, alguns estados vão protagonizar disputas ao governo entre senadores. É o caso de Alagoas, Distrito Federal, Santa Catarina e Sergipe. Para três senadoras, o foco é deixar o Congresso e assumir o Palácio do Palácio. Duas lançaram candidaturas a presidente da República e uma a vice. Destas, apenas Simone Tebet (MDB) encerra o seu mandato em janeiro de 2023. Mara Gabrilli (PSDB-SP) e Soraya Thronicke (União-MS) foram eleitas em 2018 e seus mandatos seguem até 2027. 


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