Forças Armadas, drones e ao menos 190 mil policiais: eleições terão esquema de segurança reforçado

Forças Armadas, drones e ao menos 190 mil policiais: eleições terão esquema de segurança reforçado

Militares e corporações atuarão para coibir crimes eleitorais e garantir segurança para apuração dos votos

R7

Forças Armadas, drones e ao menos 190 mil policiais: eleições terão esquema de segurança reforçado

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O primeiro turno das eleições de 2022, que ocorre neste domingo (2), terá esquema de segurança reforçado com a participação de diferentes órgãos. Ao menos 190 mil policiais atuarão em todos o país, de acordo com levantamento do R7 em 11 estados que já divulgaram o efetivo e no Distrito Federal, além da PF.

As Forças Armadas estarão em 561 localidades de 11 estados. Além disso, atuarão ao longo do dia efetivos de instituições como Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Agência Brasileira de Inteligência (Abin), entre outras.

A atuação dos militares neste domingo foi requisitada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que pediu apoio de Aeronáutica, Exército e Marinha para a garantia da votação e da apuração. O estado que vai receber o maior contingente é o Rio de Janeiro, onde as Forças Armadas devem atuar em 167 localidades de diversas zonas eleitorais. O segundo é o Maranhão, que terá apoio em 97 localidades.

Os militares estarão, ainda, no Acre (21 locais de votação), em Alagoas (2 locais de votação), Amazonas (26 locais de votação), Ceará (36 locais de votação), Mato Grosso do Sul (8 locais de votação), Mato Grosso (31 locais de votação), Pará (78 locais de votação), Piauí (85 locais de votação) e Tocantins (10 locais de votação). Entre as solicitações, estão apoio logístico inclusive em terras indígenas.

Além disso, o governo federal vai monitorar incidentes com o Centro Integrado de Comando e Controle Nacional, iniciativa coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e que é formada por integrantes do TSE, de Polícias Civis e Militares, da PF, da PRF, do Corpo de Bombeiros, do Ministério da Defesa, da Abin, das Secretarias de Segurança Pública e da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec).

As forças de segurança estarão em cartórios eleitorais, locais de votação e de apuração dos votos, vias públicas e estações de transporte. A cada três horas, por meio do site e das redes sociais da pasta, o Executivo vai divulgar boletins informativos sobre as ocorrências registradas durante a votação.

“Entre os impactos na segurança pública que poderão ser observados durante o pleito, estão possíveis crimes eleitorais (boca de urna, transporte ilegal de eleitores, compras de votos, entre outros), manifestações pacíficas e/ou violentas, bloqueio de vias, rixas, ameaças e atentados, temporais e/ou alagamentos e quedas de energias em locais de votação e de apuração dos votos”, diz o Ministério da Justiça e Segurança Pública.

A Polícia Federal utilizará todo o efetivo disponível — atualmente, 16.783 policiais federais estão em exercício, de acordo com o Portal da Transparência. Segundo a instituição, “a PF, em conjunto com as demais forças de segurança pública, atuará em cartórios eleitorais, locais de votação e de apuração dos votos, vias públicas e estações de transporte”. No Distrito Federal e nas cidades goianas que ficam no entorno de Brasília, a PF usará drones para auxiliar na fiscalização de zonas eleitorais.

A Polícia Rodoviária Federal, por sua vez, buscará “garantir a fluidez do trânsito e a segurança dos motoristas, realizando o monitoramento das estradas e rodovias federais em todo o país, através das suas centrais de Comando e Controle, estaduais e nacional, com câmeras, rádios e telefones disponíveis”

De acordo com a corporação, “estas ferramentas permitem acompanhar, em tempo real, às ocorrências relevantes, com segurança, precisão e velocidade para que a tomada de decisão seja a mais eficiente e acertada possível”.

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São Paulo

Os principais colégios eleitorais do país também contam com um esquema de segurança especial para este domingo. Em São Paulo, 83 mil policiais estarão nas ruas: serão empregados 68 mil policiais militares, 15 mil policiais civis e 300 policiais técnico-científicos.

Os policiais militares atuarão nos locais de votação, nos cartórios eleitorais e na segurança dos juízes eleitorais. Pelos planos da Secretaria de Segurança Pública, 64.692 PMs farão o policiamento dos locais de votação. Outros 2.358 policiais garantirão a segurança dos cartórios eleitorais. Já 786 PMs farão a escolta dos juízes eleitorais.

A operação montada pelo governo estadual para as eleições será coordenada pelo Centro de Operações Integradas (COI), da Secretaria de Segurança Pública. No local, um centro de comando e controle, com imagens ao vivo, receberá ao menos 32 representantes de agências de estado (Sabesp, Metrô, CPTM, CET, entre outros), concessionárias de serviços públicos (Comgás, Enel) e as forças de segurança (PM, PC, PTC e GCM), entre outros.

Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro, a Secretaria de Estado de Polícia Militar convocou cerca de 16 mil policiais militares para atuar no patrulhamento de vias públicas, locais de votação, escolta das urnas e segurança de prédios que vão abrigar as instituições responsáveis pelo pleito eleitoral.

O planejamento elaborado pela Subsecretaria de Gestão Operacional prevê policiamento dos 4.844 locais de votação a cargo dos batalhões operacionais de área. A missão dos policiais militares começa com a escolta para o transporte das urnas às seções eleitorais, segurança dos locais de votação antes, durante e depois do pleito, e acompanhamento para o retorno das urnas ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do estado. Em 85 locais de votação, considerados sensíveis, o transporte das urnas será feito com a utilização dos veículos blindados da PM. 

Além disso, o Grupamento Aeromóvel disponibilizará quatro aeronaves, que estarão sobrevoando e gerando imagens em tempo real para a central de monitoramento instalada no Centro Integrado de Comando e Controle, que estará interligado com o Ministério da Justiça e Segurança Pública e com o TRE-RJ.

As vias expressas terão patrulhamento reforçado, com emprego de unidades especializadas: Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE), Grupamento Tático de Motociclistas (GTM) do Batalhão de Polícia de Choque (BPChq) e Rondas Especiais e Controle de Multidões (RECOM). O policiamento nas rodovias estaduais, tanto na região metropolitana como no interior, será também intensificado sob comando do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv).

As unidades subordinadas ao Comando de Operações Especiais (COE) ficarão de prontidão para eventuais demandas, como é o caso do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), BPChq e o Batalhão de Ações com Cães (BAC). 

Distrito Federal

No DF, a Secretaria de Segurança Pública disse que a segurança será reforçada por câmeras de videomonitoramento e servidores em campo. O acesso ao TSE e a prédios públicos na Esplanada dos Ministérios, como Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF), será bloqueado por grades. Além da atução de policiais militares, a segurança própria dos órgãos vai se somar ao esquema. 

De acordo com a secretaria, não haverá interrupção no trânsito: o fluxo na Esplanada, por exemplo, estará liberado. No entanto, nas imediações dos locais de votação, o Detran vai organizar o trânsito. A Polícia Rodoviária Federal e o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) também vão fiscalizar as vias.

Cerca de 12 mil policiais militares foram destacados para garantir a segurança dos 41 caminhões que farão o transporte de 6,7 mil urnas eletrônicas aos 610 locais de votação no Distrito Federal. Os veículos serão carregados nesta quinta-feira (29) e seguirão escoltados para as escolas na sexta-feira (30).

No dia da eleição, as 20 juntas de apuração dos votos, os cartórios eleitorais e as escolas serão monitoradas pela PM. Já a Polícia Civil vai acompanhar os juízes eleitorais e promotores durante o pleito. A Polícia Federal também compõe o efetivo e terá agentes nas 19 zonas eleitorais, para coibir crimes.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895