Somente Bolsonaro e Lula conseguiram direito de resposta durante debate
Foram sete solicitações, sendo quatro feitas pelo presidente, duas por Luiz Inácio Lula da Silva e uma por Simone Tebet
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O presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conseguiram direito de resposta durante o debate em São Paulo, na noite deste domingo (28). Ao todo, foram feitas sete solicitações, sendo quatro pelo atual chefe do Executivo nacional, duas por Lula e uma por Simone Tebet (MDB), que não teve o direito concedido. O confronto político foi promovido pelo grupo Bandeirantes, TV Cultura, Folha de S.Paulo e UOL. Também marcaram presença Ciro Gomes (PDT), Felipe D'Avila (Novo) e Soraya Thronicke (União Brasil), que não fizeram uso do recurso.
No pedido aceito, Bolsonaro teve direito a 45 segundos e falou em resposta ao ex-presidente petista. "É do Lula. 'Ainda bem que a natureza criou esse monstro do coronavírus'. Que moral tu tens para falar de mim, ex-presidiário? Nenhuma moral. 'Sigilo de 100 anos'. Uma lei do tempo da [ex-presidente] Dilma, para questões pessoais do meu cartão de vacina ou quem me visita no (Palácio da) Alvorada. Nada mais além disso. 'Orçamento secreto'. Eu vetei, o parlamento derrubou o veto. É lei. O seu partido, Lula, votou para derrubar o veto no tocante ao orçamento secreto. Não tenho nada a ver com isso", defendeu.
Ainda dentro do tempo, o presidente falou em resposta à senadora e presidenciável Simone Tebet (MDB). "E dizer a vocês também que 'a vacina tentou corromper?' Está de brincadeira, nobre senadora. 'Tentou corromper?' Cadê a corrupção, cadê o contrato assinado, cadê a nota? Não tem nada. Só fake news e mentira a meu respeito", argumentou Bolsonaro.
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"Me chamou duas vezes de presidiário"
O ex-presidente Lula, ao final do debate, conseguiu o direito de resposta. Nos 45 segundos, dirigiu a fala a críticas feitas por Bolsonaro.
"É apenas para dizer da irresponsabilidade de quem exerce o cargo de presidente da República, que me chamou duas vezes de presidiário. Ele sabe as razões pelas quais eu fui preso. As razões pelas quais eu fui preso foi para ele se eleger presidente da República, porque era preciso tirar o Lula do pedaço. Eu, nesse processo todo, estou muito mais limpo do que ele ou qualquer outro parente dele, porque eu fui julgado, fui considerado inocente pela Suprema Corte, pela primeira instância da ONU, pela segunda instância plena da ONU", afirmou.
O ex-presidente continuou: "Estou aqui candidato para ganhar as eleições e aí, sim, num decreto só, eu vou apagar todos os seus sigilos, porque eu quero descobrir o que..." Nesse instante, o áudio do petista foi silenciado, em função do tempo extrapolado. Logo em seguida, Bolsonaro pediu outro direito de resposta, que foi julgado improcedente.