Justiça Eleitoral divulga patrimônio de nove dos 11 candidatos ao governo do RS; confira
Bens de oito postulantes ao cargo mais alto do Executivo gaúcho somados representam 5% do primeiro da lista
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Até o momento, nove dos 11 postulantes ao governo do RS registraram suas candidaturas. Além das propostas de governo, cada um deles precisa tornar pública sua declaração de bens. Proprietário de uma grande empresa do ramo calçadista, além de ter participação em outros negócios, o empresário, ex-prefeito de Igrejinha e ex-deputado federal Roberto Argenta (PSC) é o candidato que apresenta, de longe, o maior valor declarado. Somando participação societária, bens imóveis e aplicações bancárias, Argenta lançou no sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), R$ 372.943.176,46. Somados, os outros oito candidatos já registrados atingem pouco mais de 5% desse valor.
Engenheiro agrônomo e ligado ao agronegócio, o senador Luis Carlos Heinze (PP) declarou R$ 8.259.413,60 em bens, sendo a maioria deles terra nua, que são aquelas destinadas atividade rural, como plantações e pecuária. O valor é parecido com o declarado há quatro anos, quando Heinze concorreu ao Senado, registrando R$ 8.390.578,91. O terceiro candidato com mais posses é Ricardo Jobim (Novo), com R$ 7.184.192,00, sendo quase a metade referente a um prédio comercial no valor de R$ 3.500.000,00.
O procurador de Justiça Vieira da Cunha (PDT) vem em seguida, com R$ 1.092.160,76, entre apartamentos, veículos e aplicações. Ex-ministro e médico veterinário, Onyx Lorenzoni (PL) declarou R$ 981.785,47, valor um pouco inferior aquele da eleição de 2018, quando foi eleito deputado federal, de 1.048.635,00. Deputado estadual em terceiro mandato, Edegar Pretto (PT) declarou R$ 666.471,79 em bens. O valor também é menor que o do pleito passado, quando foi registrado R$ 692.422,47.
Rejane de Oliveira (PSTU) e Vicente Bogo (PSB), ambos professores, aparecem na sétima e oitava posição da lista, respectivamente. A ex-presidente do Cpers-Sindicato tem registrado em seu nome R$ 520.000,00 em bens, enquanto o ex-vice-governador declarou R$ 300.000,00.
O ex-governador Eduardo Leite (PSDB) apresentou um salto significativo no valor registrado neste ano na comparação com 2018. Dos R$ 32.517,10 declarados há quatro anos, o valor saltou para R$ 281.374,54 neste pleito. Mesmo assim, dos que já registraram sua candidatura, Leite, que não possui imóveis e veículos em seu nome, tendo residido no Palácio Piratini durante sua gestão, é o que tem o menor valor em bens.
Carlos Messala (PCB) e Paulo Roberto Silveira Pedra Junior (PCO) ainda não registraram suas candidaturas no sistema do TSE e por isso não constam na listagem.
LGPD restringe detalhes
Nestas eleições, o TSE restringiu as informações públicas que podem ser acessadas pelo cidadão. Conforme o Tribunal, alguns dados não são mais divulgados por conta da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Entre dados suprimidos estão endereços de imóveis, placas de veículos e detalhamento de dados bancários. A relação de bens passou a ser simplificada, contendo apenas indicação do bem e do valor declarado à Receita Federal.
Quanto cada candidato declarou:
Roberto Argenta (PSC) – R$ 372.943.176,46
Luis Carlos Heinze (PP) – R$ 8.259.413,60
Ricardo Jobim (Novo) – R$ 7.184.192,00
Vieira da Cunha (PDT) – R$ 1.092.160,76
Onyx Lorenzoni (PL) – R$ 981.785,47
Edegar Pretto (PT) – R$ 666.471,79
Rejane de Oliveira (PSTU) – R$ 520.000,00
Vicente Bogo (PSB) – R$ 300.000,00
Eduardo Leite (PSDB) – R$ 281.374,54
Fonte: DivulgaCandContas / TSE