Após críticas e suposto ataque, TSE diz que sistema está seguro

Após críticas e suposto ataque, TSE diz que sistema está seguro

Por meio de nota oficial, o Tribunal Superior Eleitoral informa que promoveu testes adicionais e reitera confiança no processo digital.

R7

TSE realizou testes para garantir a eficácia no sistema de apuração e divulgação dos resultados

publicidade

Preocupado com a confiabilidade do sistema de apuração que recebeu críticas de parlamentares no 1º turno das eleições e apresentou atrasos na divulgação dos resultados, no domingo, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) - depois de  vários testes adicionais no computador e no sistema responsável pela totalização dos votos - diz que o sistema está pronto e seguro para o 2º turno que acontece neste domingo. Os testes para validar a eficácia do sistema e garantir sua segurança tiveram a participação de cartórios eleitorais de 24 estados brasileiros.

O processo eleitoral do 1º turno foi questionado por parlamentares que agora estão sendo investigados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) sob a acusação de  “campanha de desinformação” contra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Na sexta-feira 20, o vice-procurador-geral eleitoral, Renato Brill de Góes, encaminhou à PGR uma representação recebida da ONG SaferNet Brasil, sobre a  “campanha de desinformação” e o “ataque cibernético” sofrido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no primeiro turno das eleições municipais.

Quatro deputados aparecems no despacho de Brill de Góes segundo o Estadão: Filipe Barros (PSL-PR), Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Carla Zambelli (PSL-SP) e Bia Kicis (PSL-DF).

Veja Também

Os deputados Eduardo Bolsonaro e Bia Kicis se manifestaram nas redes sociais sobre o despacho contestando as denúncias. Eduardo Bolsonaro se defendeu:

- Ser investigado por contestar o processo eleitoral e ser acusado pela imprensa de ligação a ataque hacker ao TSE sem nenhuma prova confirma: vivemos uma democracia de mentira.

Bia Kicis, que propõe o voto impresso, também reagiu: "Querem nos calar e rasgar os votos dos meus eleitores".

A questão levanta discussões calorosas envolvendo os principais poderes do país. O presidente Jair Bolsonaro defende publicamente o uso do voto impresso, e mantém uma posição histórica sobre o assunto. O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE,  defendeu, reiteradas vezes,  o sistema eleitoral eletrônico.  E sempre que pode, lista vários presidentes eleitos desta forma, inclusive o próprio Bolsonaro.

Lembrando que no auge da crise, o ministro do Supremo Gilmar Mendes saiu em defesa do ministro Barroso. Por meio de rede social, Mendes afirmou na ocasião: "Atrasos mínimos não maculam de forma alguma a lisura do pleito". E elogiou a atuação do TSE, presidido por Barroso, que compartilhou a mensagem. 

O incidente do primeiro turno também ajudou a pacificar as relações delicadas e marcadas por divergências entre o ministro Barroso e o colega Gilmar Mendes, do STF.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895