Após conversa com Zelenski, Lula afirma que "guerra não pode interessar a ninguém"
Diálogo entre os dois presidentes foi acertado no mês passado; Lula tem defendido negociações para fim do conflito
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou na tarde desta quinta-feira (2) com Volodymyr Zelenski, presidente da Ucrânia. É a primeira vez que os dois chefes de Estado dialogam desde o início da guerra no Leste Europeu, que completou um ano no fim de fevereiro.
Tive uma reunião por vídeo agora com o presidente da Ucrânia, @ZelenskyyUa. Reafirmei o desejo do Brasil de conversar com outros países e participar de qualquer iniciativa em torno da construção da paz e do diálogo. A guerra não pode interessar a ninguém.
— Lula (@LulaOficial) March 2, 2023
"Tive uma reunião por vídeo agora com o presidente da Ucrânia. Reafirmei o desejo do Brasil de conversar com outros países e participar de qualquer iniciativa em torno da construção da paz e do diálogo. A guerra não pode interessar a ninguém", escreveu Lula nas redes sociais.
A ligação entre o presidente brasileiro e Zelenski foi acertada em fevereiro pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o chanceler ucraniano, Dmitro Kuleba. Lula e Vladimir Putin, presidente da Rússia, se falaram por telefone em dezembro do ano passado.
Também nesta quinta (2), Zelenski conversou com o presidente da Suíça, Alain Berset. "Tive minha primeira ligação com o presidente da Suíça. Agradeço pelo pacote de apoio de CHF 114 milhões. Discutimos projetos conjuntos, em que ambos os países têm interesse e também dedicamos tempo para ações práticas de implementação da Fórmula da Paz", publicou Zelenski nas redes sociais.
Embora Lula reconheça que a Rússia é a principal culpada, ele já chegou a dizer que o presidente ucraniano é tão culpado pela guerra quanto Putin.
No início deste ano, o Palácio do Planalto foi consultado sobre a possibilidade de o governo federal disponibilizar munições de tanques de guerra à Ucrânia, mas Lula recusou enviar o armamento por entender que, se fizesse isso, o Brasil estaria participando da guerra, mesmo que de forma indireta.
O presidente brasileiro tem defendido a criação de uma organização de nações para mediar o conflito e tentar dar fim à guerra. Segundo Lula, ele já apresentou a ideia ao presidente da França, Emmanuel Macron, ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e ao primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz.