Dino diz que espaço aéreo em território yanomami deve ser fechado na próxima semana
Ministro da Justiça vai se reunir com Múcio, da Defesa, para debater a situação; anúncio foi feito na tarde desta quinta-feira
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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que o espaço aéreo sobre a Terra Indígena Yanomami, diz fechado nos próximos dias. O anúncio foi feito na tarde desta quinta-feira (16) durante coletiva de imprensa, na sede da pasta.
Dino informou que vai se reunir com José Múcio, ministro da Defesa, na próxima quarta-feira (23) para debater a situação do local. Ele acredita que o intervalo de abertura parcial do espaço aéreo na região, fixado até 6 de maio, retardou o ritmo de saída de garimpeiros. A suspensão parcial do bloqueio aéreo ficaria em vigor até a última segunda (13), mas foi estendida até maio.
"As medidas têm sido tomadas praticamente semana a semana, luz da observação do que lá acontece. Estamos propondo esse debate com Múcio na próxima semana para verificarmos os números e se o alargamento [do prazo] trouxe lentidão à saída. Queremos que a janela [no espaço aéreo] sirva para agilizar a retirada, não para retardar. Na quinta ou sexta da próxima semana, teremos a decisão se a janela fica aberta e até quando", explicou o ministro da Justiça.
De acordo com Dino, o encontro, que contará também com a presença das Forças Armadas e do diretor-geral da Polícia Federal, delegado Andrei Passos, definirá o planejamento das próximas etapas em relação à crise humanitária dos indígenas yanomamis. O ministro afirmou que delegados que atuam no local relataram diminuição do ritmo de saída de garimpeiros depois que o prazo de abertura do espaço aéreo foi fixado para maio.
A restrição a voos na área começou em 1º de fevereiro, como parte da operação Escudo Yanomami 2023. Na segunda-feira (13), o Comando Operacional Conjunto Amazônia anunciou a prorrogação da abertura parcial do espaço aéreo até maio.
Em 6 de fevereiro, três corredores humanitários de voo foram abertos para permitir "a saída coordenada e espontânea das pessoas não indígenas das áreas de garimpo ilegal", conforme nota do Comando Operacional Conjunto divulgada na ocasião.