Projeto de Lei quer retirar benefícios de envolvidos em atos antidemocráticos no RS
Proposta limita o acesso a incentivos financeiros e fiscais de pessoas jurídicas condenadas pelos atentados em 8 de janeiro
publicidade
Na data em que se completou um mês dos ataques de vandalismo promovidos por extremistas nas sedes dos Três Poderes, em Brasília, envolvidos nos atos poderão vir a perder benefícios financeiros no Rio Grande do Sul. É o que prevê o projeto de lei protocolado na Assembleia Legislativa. A proposta determina como condição para obtenção junto ao Estado de incentivos financeiros e fiscais, empréstimos e financiamentos, que as pessoas jurídicas e seus dirigentes não sejam condenados por atos antidemocráticos.
A proposta engloba ainda o acesso à concessão de benefícios e financiamentos via desoneração fiscal nos tributos e o acesso ao sistema financeiro do RS (Banrisul, Badesul e BRDE). A condição irá perdurar até que seja cumprida integralmente a pena e, em caso de condenação, os repasses de recursos devem ser suspensos até que se substitua o dirigente por outro sem condenação.
Autor do texto, o deputado Miguel Rossetto (PT) justificou que “seria incoerente que o estado democrático apoiasse financeiramente ou através de apoios tributários aqueles que pelos seus atos atentam contra a existência do próprio Estado Democrático de Direito”.
Na justificativa, o autor reforça que “os fomentos concedidos pelo Estado, como incentivos fiscais e financeiros, têm um compromisso com o desenvolvimento do Estado, mas também têm compromisso com os valores republicanos”. Antes de ser discutida e aprovada ou rejeitada em plenário no Legislativo, a matéria precisa passar pelas comissões de mérito.