Entenda as diferenças nas disputas à presidência da Câmara e do Senado

Entenda as diferenças nas disputas à presidência da Câmara e do Senado

Arthur Lira e Rodrigo Pacheco enfrentam cenários diferentes

Mauren Xavier

Rodrigo Pacheco e Arthur Lira enfrentam cenários diferentes

publicidade

As disputas pelas presidências da Câmara dos Deputados e Senado apresentam situações diversas e prometem concentrar as atenções e articulações nesta quarta-feira em Brasília. Enquanto que a reeleição de Arthur Lira (PP) está praticamente certa na Câmara, Rodrigo Pacheco (PSD), ainda segue com as articulações para assegurar a vitória no Senado. Mesmo assim, ambos são os favoritos. Os cenários diversos devem-se por alguns fatores. 

No caso da Câmara, Lira, além de conseguir apoio do presidente Lula, basicamente só tem um adversário, que é Chico Alencar (PSol). Com ampla articulação, Lira poderá atingir a maior votação na disputa da presidência da Casa. Ele conseguiu o apoio de 20 partidos, que totalizam quase 500 votos. Porém, a expectativa é de que ele consiga efetivamente mais de 400 votos. Líder do Centrão, o presidente da Câmara tem distribuído benesses a seus pares desde o fim do ano passado. 

Enquanto isso, no Senado, Pacheco enfrenta Rogério Marinho (PL), que foi ministro do Desenvolvimento Regional do governo Jair Bolsonaro. Pacheco tem o apoio formal de sete partidos, até o momento. São eles: PSD, PT, Rede, Cidadania, PSB, Pros e PDT. Além deles, o presidente da Casa busca a adesão do União Brasil e do PSDB. Ontem à tarde, o candidato à reeleição recebeu o apoio do MDB. A oficilização foi promovida na sede do partido dentro do Senado Federal e contou com a presença de líderes da bancada, entre eles: os senadores Eduardo Braga, Marcelo Castro e Renan Calheiros. 

Porém, nos últimos dias, o Centrão intensificou os contatos, na tentativa de virar votos a favor de Marinho. Inclusive, mesmo fora do país, Bolsonaro tem feito alguns contatos para conseguir votos para o seu afilhado político. No final de semana, Marinho recebeu apoio de um bloco formado pelo PL, Republicanos e PP. Juntas, as legendas somam 24 senadores, de um total de 81, a partir do início desta legislatura. O principal argumento do grupo é que a eleição de Marinho representa uma oposição ao governo de Lula. 

Além disso, Eduardo Girão (Podemos) deverá apresentar candidatura avulsa. Para ser eleito, o candidato à presidência do Senado precisa de 41 votos. Caso nenhum deles consiga o mínimo necessário, será realizado segundo turno. Como a votação é secreta, todos temem traições. Os eleitos comandarão as casas de 1° de fevereiro de 2023 até 31 de janeiro de 2025.

Veja Também


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895