Após perícia, STF vai catalogar os estragos e quantificar os prejuízos
Edifício-sede da corte foi depredado por extremistas durante invasão realizada no último domingo (8)
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Após o término do trabalho da perícia, o Supremo Tribunal Federal (STF) vai iniciar nesta quinta-feira (12) o processo de análise dos prejuízos causados pelos extremistas durante a invasão no edifício da mais alta corte do país, na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
O objetivo é reunir uma série de informações, de objetos destruídos a valores das restaurações, e buscar recursos para as reformas – há, inclusive, um movimento de empresas para dar suporte ao STF na reconstrução do prédio, além do orçamento da corte.
"Já foi realizada a perícia externa, 3D e com drones, e nesta tarde foi iniciado o trabalho da perícia interna", disse o órgão à reportagem. Como apenas o edifício-sede foi vandalizado, o funcionamento dos anexos 1 e 2 não foi interrompido. A perícia foi iniciada na última segunda-feira (9).
As vidraças laterais do prédio foram atingidas com pedaços de madeira, pedras, mesas, cadeiras, extintores e outros objetos. Um dos vitrais, que de acordo com fontes na área de segurança do tribunal era blindado, foi arrancando inteiro da parede.
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Os vândalos tentaram ainda atear fogo no gabinete da presidência do STF. Foram coletadas impressões digitais, fios de cabelo, suor e até fezes e urina, que podem ser usados na realização de exames de DNA para identificar os invasores.
Poltronas do plenário foram arrancadas, assim como câmeras de segurança e de transmissão ao vivo. Estátuas, relógios e itens históricos e culturais foram roubados ou atirados de dentro para a parte externa do prédio.
Encerrada a fase pericial, o Supremo começará a catalogar os estragos e quantificar os prejuízos, sem data prevista para a conclusão. "O edifício-sede, patrimônio histórico dos brasileiros e da humanidade, foi severamente destruído por criminosos, vândalos e antidemocratas", disse a presidente do STF, Rosa Weber.
Durante a perícia, agentes da PF averiguaram granadas deixadas pelos vândalos. A denúncia foi feita por servidores da Corte. "No entanto, tratavam-se de granadas não letais usadas pela segurança do tribunal", afirmou o órgão, completando que o prédio "está em condições de segurança para os servidores".
Além do STF, o Congresso e o Planalto foram alvos de ataques. Os extremistas quebraram móveis, vidros da fachada, destruíram obras de arte e objetos históricos. Gabinetes e salas de reuniões foram invadidas e documentos roubados. Os extremistas também roubaram armas e comidas.