Não vamos aceitar interferências, diz novo diretor-geral da PF

Não vamos aceitar interferências, diz novo diretor-geral da PF

Em discurso de posse, Andrei Rodrigues disse que a PF tem o desafio de combater fake news e ameaças à democracia

R7

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Empossado nesta terça-feira, novo diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, citou o combate às fake news como um dos desafios da corporação na próxima gestão. "A violência virtual mostrou sua face real e se materializou perigosamente diante de todos nós. Palavras de ódio se concretizaram em ações tangíveis que ameaçaram o estado democrático de direito", afirmou durante a cerimônia de posse. Ainda segundo Rodrigues, a corporação não vai tolerar pressões pessoais ou políticas na gestão da corporação. "Não permitiremos que projetos pessoais, interferências ou pressões de agentes públicos, grupos ou holofotes da mídia, pautem qualquer ação institucional. Absolutamente nenhum desvio de finalidade será tolerada", completou.

Ele assume a corporação em meio a investigações de atos antidemocráticos. Nesta segunda-feira (9), cerca de 1.200 extremistas detidos no acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, foram levados para a Academia da PF, nas proximidades da BR-020, para interrogatório. Eles foram alocados em um ginásio da corporação.

Perfil

Delegado federal há quase 20 anos, Andrei Rodrigues foi empossado com diretor-geral da PF nesta terça (10). Na mesma cerimônia, também foram confirmados os superintendentes de 25 estados e do Distrito Federal e dos novos diretores da corporação. 

Rodrigues liderou a Secretaria Extraordinária de Grandes Eventos em 2016, no governo da ex-presidente Dilma Rousseff. Na última atribuição, ele estava responsável por comandar a segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a campanha presidencial. Antes disso, o delegado conduziu a Divisão de Relações Internacionais da PF.

Não foi a primeira vez que Rodrigues esteve à frente das ações de proteção a um candidato petista à Presidência. Em 2010, Dilma teve o delegado como chefe de segurança durante a campanha. O novo diretor-geral da instituição é formado em Direito e possui mestrado na área de segurança.

Participaram da cerimônia o ministro da Justiça, Flávio Dino, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, a ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o advogado-geral da União, Jorge Messias, e o líder do governo no Senado, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

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