Lula deve anunciar ministros até o fim desta semana, diz Rui Costa
Petista afirma que estrutura dos 37 ministérios foi criada a partir do remanejamento de cargos sem aumento de custos
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O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve anunciar até o fim da semana o nome dos 37 ministros escolhidos para o próximo governo, segundo o futuro ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT). O aumento do número de ministérios não terá impacto financeiro, e a estrutura está pronta, assim como o organograma de cada pasta.
"A grande maioria ou quase a totalidade ele [Lula] já tem definido. Está esperando um momento de oportunidade adequada para fazer o anúncio", afirmou Costa, em conversa com jornalistas.
De acordo com o futuro ministro da Casa Civil, cada ministro receberá um "kit ministro" com a estrutura que terá disponível, organograma e tudo que precisa para começar a trabalhar já no dia 2 de janeiro.
"Estamos com o organograma pronto de todos os ministérios, estruturas e cargos. Todo mundo saberá onde vai sentar, onde vai ficar, tem gabinete para todo mundo", completou.
Aumento de ministérios
O petista afirmou que o aumento de ministérios — dos atuais 23 para 37 — não terá impacto financeiro, a não ser pela criação dos cargos individuais de cada novo ministro. "Apesar de muitos não acreditarem, conseguimos fazer sem a criação de cargos. Foi um esforço grande a partir do remanejamento das estruturas existentes e significa uma diminuição dos cargos do governo Lula em 2010", explicou.
Ampliar a quantidade de ministérios foi uma promessa que Lula fez ao longo da campanha deste ano. Depois de eleito, aliados dele informaram que a Esplanada poderia ter entre 33 e 35 pastas e o número final chegou a 37 ministérios.
Com a ampliação, Lula vai se aproximar da quantidade recorde de pastas vinculadas ao governo federal registrada no segundo mandato de Dilma Rousseff (PT), quando a Esplanada contou com 39 pastas.
Na avaliação de especialistas, o inchaço na Esplanada deve servir para que Lula acomode aliados políticos de outros partidos. Neste ano, o petista montou uma coligação formada por dez agremiações para concorrer nas eleições (PCdoB, PV, PSB, PSOL, Rede, Solidariedade, Avante, Agir, PROS e o próprio PT). Já durante os trabalhos do governo de transição, ele convidou parlamentares de PSD, MDB e PDT para auxiliar.