"Sou absolutamente contra o fim do vale-transporte", diz Pacheco
Em seminário sobre transportes urbanos, presidente do Senado criticou iniciativas que querem acabar com o benefício
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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), criticou, na manhã desta terça-feira, iniciativas que buscam acabar com o vale-transporte do trabalhador brasileiro. "Sou absolutamente contra", disse o senador na abertura do 35º Seminário Nacional da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), que ocorre em São Paulo até quarta-feira.
"O vale transporte cumpre uma função social muito importante no nosso país. É um direito do trabalhador que não pode ser substituído por pecúnia porque ele tem um propósito específico", reforçou Pacheco.
O senador, que participou do evento de forma virtual, destacou a obrigatoriedade de o Congresso Nacional, junto ao poder público, garantir o fornecimento do transporte público de qualidade aos cidadãos de todo o país.
"O transporte coletivo é um direito, um serviço essencial de obrigação do poder público. É obrigação, em todo o território nacional, conferir a cada brasileiro e brasileira o direito de se locomover por meio do transporte público. A atividade deve ter a presença do Estado na sua fiscalização, na exigência da qualidade, na exigência do cumprimento de contrato", afirmou.
Segundo ele, o Senado está "aberto às boas iniciativas, às iniciativas que sejam inteligentes, modernas, de aprimoramento do transporte coletivo, que é um direito social", completou.
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Além de Pacheco, estavam presentes na mesa de abertura o presidente da NTU, Francisco Christovam, o presidente da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) e prefeito de Aracaju (SE), Edvaldo Nogueira Filho, o presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Vander Costa, entre outras lideranças.
Pacheco reiterou ainda a importância da valorização da indústria nacional de insumos para o setor. "Recentemente, tivemos uma reunião com lideranças sindicais e diversas pessoas envolvidas, de modo a valorizar a nossa indústria em relação aos insumos para o transporte, sobretudo os sustentáveis, que possam substituir a matriz energética fóssil por uma matriz energética renovável", afirmou.