Sugestão de votação paralela com cédulas de papel é um "teste", diz Mourão

Sugestão de votação paralela com cédulas de papel é um "teste", diz Mourão

Recomendação foi feita pelo ministro da Defesa durante audiência na Comissão de Transparência, Fiscalização e Controle do Senado

R7

Vice-presidente da República, Hamilton Mourão, falou sobre a segurança das eleições

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O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou na manhã desta sexta-feira (15) que a sugestão do Ministério da Defesa de fazer uma votação paralela, com cédulas de papel, é um “teste” que pode ser acatado ou não. A recomendação foi feita pelo ministro Paulo Sérgio Nogueira durante audiência na Comissão de Transparência, Fiscalização e Controle do Senado nesta quinta-feira (14).

Em conversa com jornalistas, Mourão ressaltou que a decisão de acatar, ou não, as sugestões do ministro na Comissão de Transparência das Eleições (CTE) é responsabilidade do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin.

“O TSE já faz uma forma de teste, que é feito dentro do TRE [Tribunal Regional Eleitoral]. E o Ministério da Defesa fez outra sugestão. Sugestão é sugestão, você pode acatar ou não. Tudo bem se não quer acatar, mas a sugestão foi feita”, defendeu.

O vice-presidente ressaltou que não considera haver um "tensionamento" entre a Defesa e o TSE. “Não levo para esse lado. No momento em que você vai participar de uma comissão de transparência para dar mais publicidade para o processo eleitoral, mais transparência, acho que você tem que fazer o seu trabalho. Se o presidente do tribunal considera que aquilo não é necessário, ok. A responsabilidade é dele e do tribunal”, explicou.

Embaixadores

Mourão disse ainda que “não vê problema” no convite feito no início do mês pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) aos embaixadores de todos os países para participarem de uma reunião sobre o sistema eleitoral brasileiro.

“O ministro Fachin já se reuniu com representantes da comunidade internacional e expôs a visão dele. Agora, o presidente vai expôr a dele. Acho que tudo é questão de manter bem informadas pessoas que estão aqui representando seus países e que, na maioria dos casos, tomam conhecimento dos assuntos pelo que leem. E, muitas vezes, o que você lê não representa a expressão da verdade”, afirmou.

Viagem aos EUA

O vice-presidente destacou também a importância da viagem marcada para a semana que vem para Nova York, nos Estados Unidos. Segundo ele, a agenda foi “muito bem planejada” e será mantida. “Tenho um evento na ONU [Organizações das Nações Unidas] que é relacionado à questão das mulheres em zona de conflito. Não posso faltar”, disse.


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