Mendonça dá até 1º de julho para que Petrobras explique reajustes

Mendonça dá até 1º de julho para que Petrobras explique reajustes

Empresa deveria se manifestar até esta sexta, mas pediu mais tempo; ministro cobrou 'minuciosas informações'

R7

Ministro atendeu a rasoabilidade de pedido da empresa

publicidade

O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), ampliou para 1º de julho o prazo para que a Petrobras apresente os critérios adotados pela empresa para reajustar os preços dos combustíveis. Na semana passada, o magistrado tinha cobrado que a Petrobras enviasse os dados ao STF até esta sexta-feira. No entanto, a empresa pediu mais cinco dias úteis. A petroleira disse que não conseguiria atender ao tempo estabelecido inicialmente devido ao "grande volume de dados a serem analisados para apuração das informações e documentação requisitados".

Mendonça atendeu à solicitação da Petrobras. "Diante da razoabilidade do pleito e do princípio da cooperação processual, defiro o prazo adicional solicitado até o dia 1º de julho de 2022", decidiu.

No pedido inicial, o ministro cobrou que a empresa apresentasse "minuciosas informações" a respeito dos critérios adotados para a política de preços estabelecida nos últimos 60 meses. A ordem partiu no mesmo dia em que Petrobras anunciou reajuste de 5,18% no preço da gasolina e de 14,26% no do diesel.

Na mesma decisão, Mendonça determinou que as alíquotas de ICMS dos combustíveis devem ser uniformes em todos os estados do país a partir de 1º de julho. Ao definirem as alíquotas fixas, os estados também não podem ampliar o peso proporcional do imposto na formação do preço final ao consumidor.

Além disso, ele suspendeu a eficácia de um convênio assinado pelo Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária), em março deste ano, que possibilitou aos estados cobrarem alíquotas diferentes de ICMS sobre o diesel. Até que uma nova norma seja editada, a base de cálculo do imposto sobre esse combustível passa a ser fixada pela média de preços praticados nos últimos 60 meses.


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895