PSDB quer reunião com Doria para convencê-lo a deixar candidatura
Lideranças do partido articulam encontro em São Paulo na segunda-feira; intenção é apoiar Simone Tebet (MDB) à Presidência
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Lideranças do PSDB devem se encontrar com o ex-governador de São Paulo João Doria na segunda-feira. A intenção da cúpula do partido é convencê-lo a desistir da candidatura à Presidência da República para apoiar a senadora Simone Tebet (MDB-MS). Até agora, entretanto, não há acordo. Na terça-feira, as cúpulas do PSDB, do MDB e do Cidadania se reúnem em Brasília, às 15h, para referendar a escolha de Tebet.
Os tucanos a favor de Tebet como candidata única da terceira via articulam para que a reunião ocorra na segunda-feira em São Paulo. A ideia é tentar encontrar um acordo para evitar uma ruptura pública e conturbada com Doria, mas ele se recusa a desistir da pré-candidatura.
O R7 apurou que não há uma proposta pronta para ser apresentada ao ex-governador. O principal argumento das lideranças tucanas é que uma pesquisa interna mostra que 56% dos brasileiros são contra a polarização e não querem votar em Lula ou Bolsonaro. O mesmo levantamento, segundo uma fonte do partido, aponta que a terceira via só teria chances com uma candidatura única e que Simone Tebet seria o nome com mais possibilidade de vitória.
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Consenso
Na quinta-feira, lideranças do PSDB, Cidadania e MDB se reuniram em Brasília e chegaram a um consenso quanto à escolha de Tebet. Estavam no encontro os presidentes do PSDB, Bruno Araújo, e do MDB, Baleia Rossi. Na quarta, Araújo tinha prometido que apresentaria uma pesquisa encomendada em conjunto pelas três legendas para saber qual nome era mais forte entre João Doria e Simone Tebet.
O ex-governador de São Paulo, que não participou dos encontros em Brasília na quarta-feira, afirmou que nem sequer teve acesso à pesquisa e que não recebeu nenhum comunicado. Doria defende o argumento de que foi escolhido nas prévias do PSDB para concorrer à Presidência e mantém-se como pré-candidato.
Doria foi eleito em prévias conturbadas e que, desde o início, tiveram a legitimidade contestada. O ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite também tentou lançar a própria candidatura apesar de ter sido derrotado pelo paulista na votação interna.